Acaba de ser inaugurada na capital um novo espaço de partilha de conhecimento entre pessoas e que também vai servir para explorar potenciais oportunidades de negócio.
No número 109 da Rua de São Paulo (Cais do Sodré, Lisboa) nasceu um espaço que se destina aos moradores da cidade, visitantes, expatriados, profissionais de negócios e empresários, advogados, professores, promotores, criativos, artistas, designers, arquitetos e poetas, galeristas, techies, foodies, «pesquisadores da alma ou simplesmente mentes curiosas».
Mas o que é, afinal, a MOTO Lisbon? «Não é um hub, é uma nova forma de pensar as relações entre vários players. O nosso objetivo é incentivar e facilitar o crescimento das empresas e os seus investimentos, apoiar o desenvolvimento cultural e, desta forma, fomentar o crescimento sustentável da cidade», explica Marina Ostrowski, uma das responsáveis pelo projecto (o outro é James Muscat).
O MOTO será, então, um local onde se pode aprender, crescer, trabalhar e, inclusive, ter reuniões de trabalho. Contudo, a arte também tem uma palavra a dizer no MOTO, já que estão programadas exposições, noites de cinema e painéis de discussão sobre vários temas.
Neste momento está mesmo patente uma exposição de Heberth Sobral, artista brasileiro cujo trabalho representa temas do quotidiano e que participou na edição deste ano do Lumina Festival de Luz, em Cascais.
«Como empresários e donos de empresas posicionamo-nos activamente entre os investidores, gestores e os ‘promotores de conteúdos’ da cidade, desde artistas, designers, criativos, start-ups, comunidades, hubs, etc. Queremos usar esse poder para influenciar a cidade de Lisboa da melhor maneira possível – ligando aqueles que criam conteúdos com aqueles que estão à procura de oportunidades», diz James Muscat.
A dupla de fundadores parece não querer perder tempo e já anunciou parcerias com algumas empresas: a Tradiio (uma plataforma nacional de música que permite aos fãs apoioarem monetariamente os seus artistas preferidos) e a BeArte (plataforma de financiamento colaborativo que apoia artistas e instituições ligadas à arte) são alguns dos contactos já ser feitos, com vista a dinamizar o MOTO Lisbon.
«Lisboa é o ponto de partida para um projeto que ambiciona depois estender-se às cidades mais importantes do país e, no futuro, às cidades mais relevantes do mundo», concluem os dos responsáveis pelo projecto.