Amor é fogo que arde sem se ver? Para Alexandre Silva, Camões atirou ao lado – no seu novo restaurante o fogo arde, e arde bem à vista de todos, numa cozinha aberta à sala.
Tinha sido anunciado para Março/Abril deste ano, mas a abertura do novo restaurante do chef Alexandre Silva ficou em lume brando e acabou por ser adiada. Ainda assim, durante o Verão, o Fogo teve uma espécie de ‘temporada de preview’ na Comporta.
Era o aquecimento para uma inauguração que ia acontecer na recta final de 2019 e que agora se confirma: o sucessor do Loco abre dia 11 de Dezembro na Avenida Elias Garcia, em Lisboa, no número 57. O Fogo é, assim, o segundo espaço do ‘chef Michelin’ Alexandre Silva.
Alexandre Silva só quer produtos nacionais no Fogo
O Fogo é um restaurante onde a matriz vão ser os pratos vão ser feitos com lenha: «No forno, na grelha, no espeto ou num tacho de oitenta quilos – e têm o fumo como ingrediente comum». Na carta há carne, peixe, legumes e marisco, num regresso às origens e à simplicidade de preparação.
Aqui, Alexandre Silva deixa uma promessa: «Vamos trabalhar só com produto nacional e biológico, pequenos produtores, mas não vamos ter nada fixo, porque não queremos ficar agarrados ao mau produto, queremos ficar agarrados à estação e ao que de melhor existir no mercado».
Para este novo projecto gastronómico, Alexandre Silva conta ainda com o chef residente Manuel Liebaut e o sous-chef Ronald Sim; este último esteve na cozinha do Burnt Ends, «considerado o melhor restaurante de fogo do mundo».
No Fogo vamos ainda encontrar Francisco Oliveira (ex-sommellier do Eleven e do hotel Penha Longa, que vai liderar uma garrafeira com mais de 180 vinhos, incluindo referências bio), que acumula as funções de chefe de sala e escanção, e barman João Bruno.
Cozinha aberta para mostrar a tradição de cozinhar com fogo
A principal característica do Fogo será mesmo a sua cozinha aberta à sala, onde os clientes vão poder acompanhar a confecção dos pratos, numa demonstração de proximidade com a equipa de Alexandra Silva.
«Sempre tive a necessidade de ter um restaurante mais próximo das minhas origens, mais próximo do conforto que a cozinha me traz». Para o chef, a tradição de cozinhar com fogo vivo é um traço de identidade: «É o que nos representa enquanto povo».
O Fogo vai “acender-se” todos os dias às 12:30 para os almoços (de Segunda a Sábado fica aberto até às 16 e aos Domingos, o horário desta refeição estende-se até às 17 horas). Para jantares, o restaurante abre das 19:30 às 00 horas, excepto ao Domingo. As reservas podem ser feitas pelo telefone 217 970 052 ou através do email [email protected].