O Largo do Intendente vai ficar sem um dos seus espaços comerciais mais emblemáticos. A loja de azulejos Viúva Lamego encerra no final de Abril.
Este é um cenário a que Lisboa já nos tem acostumado, devido à pressão imobiliária: o fecho definitivo de espaços comerciais históricos.
Nos últimos anos, e segundo o jornal SOL (artigo de 2018), já terão encerrado mais de 120 destas lojas – a pastelaria Suíça, a Casa Frazão e a Camisaria Pitta são alguns destes exemplos.
Agora, há mais uma loja que se junta a este “clube”: a Viúva Lamego, um «espaço de referência da azulejaria portuguesa» que estava aberto há 172 anos, no Largo do Intendente.
Investimento no digital dita fecho da loja
Contudo, este fecho não significa que o edifício da loja vá sofrer uma transformação total. Uma vez que está classificada como ‘imóvel de interesse público’, a fachada em azulejos terá de se manter intocável.
O encerramento da loja também não significa que a produção de azulejos vai parar, uma vez que a fábrica-atelier de Sintra continua a laborar.
Para já, ainda não se sabe qual será o futuro do edifício da Viúva Lamego em Lisboa, mas Gonçalo Conceição, CEO da empresa, avança com as razões do fecho: «Foi uma decisão muito ponderada e que resulta do contexto actual. Redireccionámos o investimento para o digital».