A gala de entrega das Estrelas Michelin aconteceu pela primeira vez em Portugal – foi no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa que os restaurantes nacionais receberam quatro novas estrelas. Guimarães e Bragança passam a estar no “mapa”.
Pela primeira vez, o Guia Michelin veio a Lisboa para fazer a cerimónia que anuncia os restaurantes que ganham (e perdem) as cobiçadas ‘Estrelas’ na Península Ibérica.
Este ano, Portugal recebeu quatro novas estrelas, com o destaque a ir direitinho para Henrique Sá Pessoa, que conquistou a sua segunda Estrela para o restaurante Alma – a primeira foi ganha em 2016.
Sem contar com o Alma, todos os cinco restaurantes que entraram na competição com duas estrelas conseguiram mantê-las: Il Gallo d’Oro (Benoît Sinthon), The Yeatman (Ricardo Silva), Belcanto (José Avillez), Ocean (Hans Neuner) e Vila Joya (Dieter Koschina).
Portugal consegue, assim, em 2018, dobrar o número de distinções que tinha conseguido na cerimónia de 2017 onde só houve duas novas Estrelas: Gusto (Daniele Pirillo, Almancil) e Vista (João Oliveira, Portimão).
Além do Alma, as outras três Estrelas foram para três regiões que se estreiam no guia: Sintra, Guimarães e Bragança.
Na zona da Serra da Grande Lisboa, foi o Midori a conseguir a sua primeira estrela. O Midori é o restaurante japonês do Hotel Penha Longa e tem ao “leme” o chef Pedro Almeida.
Em Guimarães, a Estrela foi para o restaurante A Cozinha, de António Loureiro; Bragança passa também a estar na constelação de Estrelas Michelin em Portugal, com o G Restaurante de Óscar Gonçalves.
Os restaurantes que em 2017 tinham ganho a sua primeira Estrela conseguiram mantê-la, precisamente o Gusto e o Vista. De resto, os outros quinze restaurantes que já tinham uma Estrela, mantiveram-na em 2018.
O que são as Estrelas Michelin?
As Estrelas Michelin são uma distinção dada aos melhores restaurantes do Mundo, reunidos pela marca de pneus num guia. As origens desta publicação temos de recuar até 1900.
Neste ano, André Michelin (fundador da Compagnie Générale des Établissements Michelin) decidiu criar um guia turístico para promover viagens de automóvel, meio de transporte que, na época, era uma novidade.
O objectivo de André Michelin era reunir restaurantes e hotéis num roteiro para cativar as pessoas a comprar carros para viajar e, assim, fazer crescer o seu negócio de pneus.
Com o passar dos anos, o Guia Michelin ganhou credibilidade e começou a ser o principal catálogo dos melhores restaurantes e hotéis de França e, mais tarde, de todo o Mundo.
O máximo que um restaurante pode conquistar são três estrelas Michelin, “honra” que cabe apenas a quase 120 restaurantes em todo o mundo, a maior parte deles no Japão e em França.
O restaurante que mantém estas três estrelas há mais tempo é o francês L’Auberge du Pont de Collonges (Lyon): a terceira foi ganha em 1965.