Lembra-se da Palm, uma marca de smartphones lançou vários PDA e dos primeiros telemóveis com ecrã táctil do mercado? Depois de anos sem dar sinal de vida, regressou com uma “pequena” novidade.
A vida da Palm começou muito bem, nos anos 90 e na primeira década dos anos 2000: a marca lançou vários PDA de muito sucesso, como o PalmPilot, e chegou mesmo a ser pioneira no mercado dos smartphones como o Palm Treo e o Palm Pre.
O Pre é mesmo apontado como uma das grandes inspirações para o iPhone, uma vez que o sistema operativo estava organizado por ícones e as apps surgiam em “cartões”, tal como hoje funciona o multitasking do iOS.
Contudo, a história da Palm teve mais altos que baixos: em 2010 foi vendida à HP, que acabou por não conseguir fazê-la renascer; em 2014, a Palm seria comprada pela TCL, uma empresa chinesa que tem a Alcatel e a Blackberry.
Quatro anos depois, aparece aquela que será a sua primeira grande novidade no mercado dos smartphones. Ou, melhor dizendo, “pequena” novidade.
A Palm parece querer inaugurar um novo segmento de mercado, designado por ‘companion phones’, uma espécie de segundo smartphone que complementa o uso de um telemóvel principal, como um iPhone ou um Samsung Galaxy.
Já lhe aconteceu pensar que o seu smartphone é demasiado grande quando quer sair à noite, por exemplo? Ou nem sequer querer levar o telemóvel para um sítio, por achar que não vai precisar assim tanto dele? É aqui que o “mini Palm” entra.
Estamos, então, perante um smartphone muito compacto, com um ecrã de apenas 3,3 polegadas, que tem uma capacidade muito especial: tem um eSIM que faz o espelho do nosso número de telefone principal, para ser totalmente autónomo.
Esta tecnologia não é nova (o eSIM é uma espécie de cartão SIM gémeo, mas electrónico, não físico) e já está presente no Apple Watch Series 3 lançado há cerca de ano e meio. Também os novos iPhone XS e XS Max incluem eSIM, o que evita termos da andar com dois cartões no smartphone.
Voltando ao Palm Phone, este smartphone é sensivelmente do tamanho de um cartão de crédito (50,6 × 96,6 × 7,4 mm) e tem sistema operativo Android, mas com uma modificação: as apps aparecem em ícones redondos na interface, muito à imagem do que acontece com o Apple Watch.
Nas características mais técnicas, temos um processador Snapdragon 435 (que é usado por smartphones de entrada de gama, até 200 euros, como os da marca espanhola BQ), 3 GB de memória RAM e 32 GB de espaço para guardar fotografias, vídeos e música.
E, por falar em música, esqueça o jack de 3,5 mm: o Palm não vai poder ser usado com auscultadores tradicionais – vai ter de usar uns phones Bluetooth.
De resto, está lá (quase tudo): Wi-Fi, máquinas fotográficas (de 8 e 12 MP – a traseira, com um aspecto igual à do iPhone X) e até mesmo desbloqueio por reconhecimento facial. A bateria é de apenas 800 mAh, mas a Palm diz que pode durar o dia inteiro.
Se está a pensar que este mini smartphone da Palm pode ser uma bela prenda de Natal para o seu telemóvel (ou para si), esqueça: o dispositivo é um exclusivo da operadora Verizon, dos EUA, e o preço não é nada convidativo: 349 dólares (300 euros).