O aumento de preços num conjunto de bens essenciais é uma realidade que, dificilmente, a iniciativa IVA zero vai compensar; só o açúcar subiu 63% entre Fevereiro de 2022 e 2023.
As estatísticas são do Eurostat e foram compiladas pelo comparador de preços HelloSafe: em Portugal, a inflacção anual nos alimentos chegou aos 22%, com uma série de produtos a ultrapassar um aumento de 50%.
O País está em 12.º do ranking europeu onde os preços mais subiram – a lista é liderada pela Hungria, com 47%. A Suíça regista a «taxa de inflacção alimentar» mais baixa, apenas 6,6%. A média europeia é de 19%.
Em Portugal, o produto que mais subiu de preço entre os meses de Fevereiro de 2022 e 2023 foi o açúcar: 63,1%. No top cinco estão ainda o azeite (+55,85), o leite (+48,5%), os ovos (+41%) e as batatas (+40,8%). O top 10 fecha com o queijo e derivados (+27%).
A HelloSafe (via Numbeo) olha ainda para os gastos dos portugueses com alimentação e conclui que, em média, 40% do salário é aplicado em compras de supermercado e em restaurantes (26,9 e 13%, respectivamente). Viana do Castelo é a cidade onde esta percentagem é maior: 43,7%. Em Lisboa, 37,30% do salário vai para alimentação.
Lembre-se que esta semana entrou em vigor a iniciativa IVA zero, que obriga lojas, mercearias e supermercados a retirar este imposto de um conjunto de quase meia centena de produtos considerados de primeira necessidade.