Aos 93 anos, Eunice Muñoz sobre pela última vez aos palcos de teatro nacionais e começa a despedir-se do público no próximo Domingo.
Precisamente oitenta anos depois de se ter estreado no teatro na peça O Vendaval (1941) com treze anos, Eunice Muñoz sobe ao palco do Teatro Nacional D. Maria II para as últimas sessões de A Margem do Tempo, o espectáculo que também serve de despedida como actriz.
No currículo, a actriz tem mais de setenta peças (quase uma por ano), quase quarenta aparições em televisão, incluindo novelas, e treze créditos em cinema – o seu último filme foi Entre os Dedos (Tiago Guedes e Frederico Serra) em 2008.
Dia 28 de Novembro, é a vez de A Margem do Tempo estrear no D. Maria II, depois de ter andado durante 2021 em digressão pelo País. Em Lisboa, a peça vai ter uma sessão única, às 16 horas, na Sala Garrett Os bilhetes começam nos nove euros.
Eunice e Lídia: avó contracena com a neta
A peça, que conta a história de uma mulher, representada em duas épocas diferentes, mas a “viver” no mesmo espaço, tem a autoria do alemão Franz Xaver Kroetz e é encenada pelo actor Sérgio Moura Afonso; Eunice Muñoz tem ainda a companhia da neta Lídia Muñoz, em palco.
«Avó e neta contracenam ao som de uma banda sonora original do maestro Nuno Feist, confrontando-nos com várias reflexões sobre a solidão, a mulher, e o nosso contemporâneo», diz o teatro.