O ano de 2016 fica marcado por vários desaparecimentos de figuras públicas. A David Bowie, Leonard Cohen, Alan Rickman e Muhammad Ali juntaram-se mais dois grandes nomes: George Michael e Rick Parfitt.
Toda a gente quer sair o mais depressa possível de 2016. E esta não vai ser uma passagem de ano como as outras: vários memes que circulam a na Internet dão a entender que chegamos de rastos a este final de ano, depois de 365 dias em que todos os males do mundo vieram à tona.
Entre desastres de avião, guerras, atentados terroristas, eleições polémicas e mais de cem óbitos de figuras públicas, todos nós temos uma ou várias experiências menos boas que vão ficar para sempre guardadas em 2016.
É difícil identificar bons momentos, a nível de acontecimentos globais, e mesmo estes dividem as opiniões: é o caso da atribuição a Bob Dylan do Prémio Nobel da Literatura. O facto de ter sido o primeiro cantor a receber este galardão indignou muitos escritores e críticos literários, mas conseguiu aprovação idêntica pelos seus pares e outros artistas.
Contudo, é consensual que os desaparecimentos de dezenas de figuras públicas (desportistas, cantores, actores) ao longo do ano deixaram o mundo mais pobre. A uma semana do fim, 2016 pregou-nos um susto: Carrie Fisher, a Princesa Leia de Star Wars, teve um ataque cardíaco a bordo de um voo e temeu-se que esta fosse a derradeira “vítima” deste ano “Grim Reaper”.
As piores expectativas não se confirmaram e a actriz está, neste momento, estável e continua internada num hospital de Los Angeles. Mas 2016 ainda não tinha acabado e voltou a “atacar” no dia de Natal.
George Michael, um dos mais influentes cantores e compositores de música pop de sempre, faleceu em casa na sequência de um ataque cardíaco. O inglês, de 53 anos, fica na memória de todos por ter cantado êxitos como Wake me up Before You Go-Go ou Last Christmas, quando integrava a banda Wham!
O cantor, que tinha ascendência grega (o seu verdadeiro nome era Georgios Kyriacos Panayiotou), debateu-se com vários problemas resultantes do consumo de drogas e álcool e viveu uma relação homossexual atribulada com o americano Kenny Gross.
A sua carreira não voltaria a ter pontos altos depois do ter conseguido chegar ao Top 10 nos Reino Unido com os singles Amazing e Flawless, em 2004. Desde então assinalamos três episódios: celebração dos 25 anos de carreira com um concerto em Coimbra (2007), operação de emergência na sequência de uma pneumonia (2011) e actuação nos Jogos Olímpicos de Londres (2012).
O fim-de-semana de Natal 2016 fica ainda marcado pela morte de Rick Parfitt (este, no dia 24), o histórico guitarrista da banda inglesa Status Quo, de boogie rock. Fundada em 1962 por dois colegas de faculdade (Francis Rossi e Alan Lancaste), a banda seria alargada em 1964 com a integração do guitarrista
Rick Parfitt vivia em Marbella (Espanha), onde geria uma imobiliária com a mulher, e deu entrada num hospital depois de ter caído e lesionado o ombro. Segundo o seu agente, a queda em si não grave: o óbito aconteceu na sequência de uma infecção contraída no hospital.
Aos 68 anos, Parfitt estava a preparar um álbum a solo e o lançamento da sua autobiografia estava para breve. O guitarrista esteve 50 anos nos Status Quo, e tinha sido obrigado a deixar a banda depois de lhe terem sido diagnosticada uma doença cardíaca.