Seal: conduzimos a “foca” desportiva da BYD que pode ser um Tesla killer

O BYD Seal tem dois níveis de equipamento, Design ou Excellence, com potência máxima de 530 cavalos e uma autonomia que pode chegar aos 570 km. Os preços começam nos 46 999 euros.

©BYD Seal
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Design fluído e agressivo q.b., condução a condizer e capacidade de fazer virar pescoços: o que vale o automóvel eléctrico que tem conquistado o mercado?

Pelos, vistos, vale muito: ainda nem seis meses tem em Portugal e este automóvel já dominou o troféu ‘Prémio Carro do Ano 2024’, com três distinções. Além de ter ganho a principal, o BYD Seal foi ainda considerado o ‘Elétrico do Ano’ e recebeu ainda o ‘Prémio Design’.

Em Portugal, num mercado em que os Tesla têm dominado as vendas, este acaba por ser um grande cartão de visita, não só para esta “foca” eléctrica, mas também para a marca chinesa, que apenas há um ano se estreou em Portugal.

©BYD | Seal
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O coupé desportivo eléctrico da BYD está na linha do Han, mas é mais versátil e tem um design mais consensual, algo de que o Dolphin não se pode orgulhar. No Seal, vamos encontrar a linguagem Ocean Aesthetics que funciona bem no interior e no exterior.

Dos quatro automóveis BYD que já conduzimos, o Seal é mesmo o que consegue ter um melhor equilíbrio entre todos os aspectos que temos de considerar para compra de um automóvel, neste caso eléctrico: aspecto, conforto, potência, desempenho, comportamento dinâmico, tecnologia e autonomia.

A BYD faz questão de que o habitáculo dos BYD seja sempre diferente, o que faz com que não haja uma matriz que vejamos recriada na totalidade em todos os modelos – talvez o único elemento principal que se mantenha seja o ecrã rotativo (ainda que o Han não o tenha).

©BYD | Seal
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De resto, cada modelo tem um aspecto interior diferenciado: no Seal, um dos destaques é o tablier e o forro das portas em camurça. Desconfiamos, contudo, que acabe por se sujar e ser mais complicado de limpar que plástico ou pele.

O que continua a marcar o habitáculo dos BYD são algumas falhas de ergonomia e posicionamento de elementos, o que torna mais complicada a nossa interacção com diferentes zonas. Uma destas acontece quando fazemos rodar o ecrã (10,25 polegadas) para a vertical: tapa a bandeja de carregamento Qi dos smartphones (dá para dois, ao mesmo tempo).

Também achamos que a arrumação que fica por baixo da coluna central (recheada de comandos físicos, um pormenor de que gostámos, para não estarmos tão dependentes do painel de infoentretenimento) é de difícil acesso. Outra crítica que mantemos relaciona-se com o painel de instrumentos para o condutor: demasiado cheio de informação.

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Boa continua a ser a opção pelo HUD com a informação da velocidade, como já tínhamos visto no Han; e o espaço atrás, para os passageiros, como também acontecia com este automóvel. Aqui, parece mesmo uma pequena sala de estar, a que não é dissociável o nível de conforto.

Em Portugal, o BYD Seal tem dois níveis de equipamento, Design ou Excellence e dois tipos de tracção: traseira (apenas com um motor), com 313 cavalos e 570 km de autonomia; e às quatro rodas, com motores eléctricos nos eixos dianteiro e traseiro, com 530 cavalos e autonomia de 520 km. Os preços começam nos 46 990 euros e os pedidos de test-drive podem ser feitos no site da marca, representada em Portugal pela Salvador Caetano.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].