Era uma das zonas mais degradadas de Lisboa, mas hoje é uma das mais caras e nobres. A Expo 98 foi o evento que mudou a cara da cidade e a catapultou para o séc. XXI.
Há exactamente 25 anos, abriam-se as portas de uma feira que marcaria a história de Lisboa para sempre: a Expo 98. Ao longo de 132 dias, entre 22 de Maio e 30 de Setembro de 1998, a capital portuguesa tornou-se palco de uma das exposições universais mais bem-sucedidas de todos os tempos. Com o tema ‘Os Oceanos: um Património para o Futuro’, a Expo 98 teve milhões de visitantes e deixou um legado.
A Expo 98 foi uma oportunidade para Portugal se apresentar ao mundo como um país moderno e aberto, repleto de cultura, história e inovação. A exposição atraiu um número impressionante de visitantes: cerca de dez milhões de pessoas de todo o mundo. Além disso, contou com a participação de 153 países e catorze organizações internacionais.
Para criar a Expo98, foi recuperada uma das zonas mais degradadas de Lisboa. O recinto da exposição, localizado no actual Parque das Nações, foi inteiramente remodelado e transformado numa zona moderna e dinâmica. Cerca de trezentos hectares foram recuperados, cinco quilómetros de margem ribeirinha foram requalificados e mais de oito milhões de metros cúbicos de terras foram movimentados.
Entre os factos marcantes da Expo 98, destaca-se a construção de pavilhões e estruturas emblemáticas. O Oceanário de Lisboa (na altura, Pavilhão dos Oceanos, projectado pelo arquitecto Peter Chermayeff) foi uma das grandes atracções do evento e ainda hoje é o maior aquário da Europa.
Com um tanque central que tem cinco milhões de litros de água e uma enorme diversidade de espécies marinhas, o Oceanário ainda hoje recebe milhares de visitantes anualmente e é palco de exposições de artistas reconhecidos, além de actividades para crianças.
Outro marco importante da Expo 98 foi a Torre Vasco da Gama, que se tornou o ponto mais alto de Lisboa, com 145 metros de altura. Aqui, tínhamos uma vista 360 sobre Lisboa e o Tejo, e a estrutura tornando-se um símbolo icónico da exposição. Actualmente, é a “casa” do hotel Myriad by Sana e, recentemente, abriu um bar no topo.
Finalmente, entre as estruturas que ficaram até hoje e ainda são usadas com diferentes propósitos estão o Pavilhão Atlântico (sala de espectáculos), o Pavilhão de Portugal (recebe vários eventos empresariais e de marcas), o Pavilhão do Conhecimento (actividades e mostras científica mais direccionadas para crianças) e os pavilhões onde hoje é a FIL.
Em ano de bodas de prata, temos de ver a Expo 98 como um marco incontornável na história de Lisboa: permitiu a transformação do Parque das Nações num centro moderno de negócios, lazer e cultura. A exposição permitiu que a cidade se reinventasse e teve um forte impacto na economia de Lisboa, impulsionando o turismo, o comércio e a indústria.
Além disso, o evento promoveu a consciencialização sobre a importância dos oceanos e do meio ambiente, destacando-se como uma exposição comprometida com a sustentabilidade e a preservação do património natural.
