A Citroën tinha prometido mostrar um protótipo, ainda esta semana, com o novo logótipo: a novidade é o ‘não-automóvel’ Oli, que segue as pisadas do Ami.
«Não é um automóvel, mas sim uma extensão multiusos do quotidiano das nossas vidas, simultaneamente útil quando não está a ser conduzido e também quando está» – é assim que a Citroën apresenta o Oli (lê-se ‘all-ë’), um protótipo que acaba por ser o reflexo de uma linha conceptual da marca francesa, que começou com o Ami.
O objectivo é simplificar a mobilidade urbana, ao transformar o automóvel numa ferramenta de trabalho, flexível e acessível: o Oli quer, assim, «desafiar o status quo, tendo como objectivo uma mobilidade totalmente inteligente, versátil e agradável, para melhorar a vida e os estilos de vida de todo o tipo de pessoas», justifica a Citroën.
Com linhas mais agressivas que o Ami, e maior, o Oli estreia o novo logótipo da Citroën (a marca tinha-o prometido, esta semana) e é feito com «materiais reciclados e recicláveis» – pesa mil quilos. A autonomia prevista é de 400 km (o Ami tinha apenas 50) e a velocidade máxima está limitada a 110 km/h.
Segundo a Citroën, o Oli tem um consumo de «10 kWh/100 km» e fica carregado com um nível de bateria entre os 29 e os 80% em «23 minutos»; a marca francesa diz ainda que este veículo pode «devolver electricidade à rede, a casa ou a acessórios».
Nas rodas, estará uma das principais inovações: a Citroën usa, pela primeira, vez uma versão «híbrida em aço/alumínio», com pneus «sustentáveis e inteligentes Goodyear Eagle GO», que também são um «protótipo», como o próprio Oli.
O interior é caracterizado por um «painel linear, um projector HMI Smartband» e um sistema de infotainment inspirado no conceito do Ami, ou seja, será o nosso smartphone ou tablet a servir de computador de bordo, com o sistema de som a ser uma coluna, opcional. Já os bancos são «confortáveis e com costas em rede».
Para já não se sabe quando é que o Oli vai começar a ser produzido, mas é provável que possamos ver um veículo mais próximo da versão final e “comercializável” mais para o fim de 2023.