Ensaio: Volvo V90 T8 PHEV

Volvo V90
Volvo V90

Depois de ter sido apresentada, no Verão de 2018 a versão híbrida da V90 ajudou a Volvo a crescer 65% neste mercado. Pedimos o automóvel emprestado à marca para descobrir porquê.

À primeira vista, a V90 é daqueles carros-espada, longos e vistosos que não passam despercebidos. Para isso, contribuiu muito a cor: um branco Cristal Inscription que é um extra de mais 1600 euros.

Cedo começamos a perceber que tudo neste carro tem o verbo ‘somar’ incluído – a versão que a Volvo nos emprestou para teste era o modelo mais potente da sua gama (a Inscription), um T8 de 390 cavalos com uma caixa automática de oito velocidades.

Escusado será dizer que conduzir este automóvel, especialmente com as ajudas à condução como o que permite que a V90 vá ajustando a direcção automaticamente, de acordo com a leitura das linhas de faixa, é uma experiência de total conforto.

‘Conforto’ e ‘segurança’ são, como sabemos há vários anos, dois dos principais sinónimos dos automóveis Volvo, e foi algo que também já tínhamos experimentado in loco com o XC40.

As road trips com automóveis destes são um dos clássicos do TRENDY: desta vez não foi diferente, e aproveitámos a ocasião para carregar a carrinha com pranchas de surf e bodyboards, mais o material respectivo, para ir apanhar umas ondas a Peniche.

O espaço da V90 tornou a viagem mais fácil: mesmo com duas “tábuas” a cruzar o habitáculo e mais três pessoas além do condutor, houve espaço para tudo e sem grandes constrangimentos.

Ficamos à espera que a Volvo, tal como fez com a Ocean Race, possa anunciar uma parceria com uma marca ligada a outros desportos aquáticos, pois fazia todo o sentido ter um SUV ou uma destas carrinhas associadas ao surf e a marcas como a Billabong, a Vissla ou a Quicksilver.

A Volvo V90, apesar de parecer um automóvel formal, daqueles que os figurões das empresas gostam de passear pelos parques privativos das empresas, tem um ADN especialmente cool. Pelo menos, vemos aqui uma óptima versatilidade, pois sentimos que a carrinha também de pode aventurar por caminhos mais acidentados, em busca de algumas praias mais escondidas da nossa costa.

Quatro dias depois de conduzir a V90 em auto-estrada, caminhos de terra batida, cidade e percursos semi-urbanos, fica uma impressão de um automóvel que nos serviria para a vida – pelo menos, pelo preço que pedem por ele, é bom que dê para muitos e muitos anos.

Fazendo as contas finais, com os extras todos, packs de tecnologia (que inclui Car Play da Apple e Android Auto), auxiliares de condução de fazer inveja à Tesla, bancos com vários ajustes e assistentes de estacionamento (lá está o verbo ‘somar’) ficamos com uma conta de 81 940 euros para pagar à marca sueca.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].