A empresa de segurança informática Kaspersky fez um estudo onde a conclusão acaba por ser alarmante: 78% dos inquiridos quer abandonar as redes sociais, mas tem medo de perder amigos e memórias.
A conclusão deste estudo da Kaspersky acaba por ser muito o reflexo da sociedade em que vivemos actualmente: a dependência do like, dos comentários positivos e das amizades virtuais que enchem o ego a muitos utilizadores das redes sociais.
Só assim se pode explicar que a maioria dos participantes no inquérito da Kaspersky tenha medo de perder amigos se abandonar as redes sociais, como o Facebook ou o Instagram.
A empresa diz que «78% das pessoas já quis sair das redes sociais, mas o medo de perder amigos e memórias fá-las ficar», facto apontado por 62% dos inquiridos. Mas o que leva mesmo a que este elevado número de utilizadores queira sair da Web?
«Principalmente, porque as consideram uma perda de tempo», revelam os responsáveis da marca, que dizem ser de 39%, a percentagem de pessoas que tem essa opinião.
Já o facto de perder as memórias, parece ser mais justificável: na verdade, é muito fácil percorrer a timeline do Facebook ou do Instagram e lembrar episódios que aconteceram há seis meses ou um ano, sobretudo se essas memórias incluirem vídeos e imagens. Foi isso que acharam 21% dos inquiridos
No entanto, se guardarmos esses mesmos vídeos e imagens num computador, sem necessidade de os tornarmos públicos, a possibilidade de os recordar mantém-se intacta… embora sem os likes e os comentários “fofos” dos outros.
Para ajudar as pessoas a fazer a transição e a deixar as redes sociais, a Kaspersky está a desenvolver uma ferramenta chamada FFForget, um sistema que vai permitir fazer um backup completo da informação que temos nas várias redes sociais.
«Com a FFForget queremos criar uma solução que acabe com o medo que as pessoas têm de perder as suas memórias, de sofrer danos nas suas contas ou até um ataque de um hacker. Mas – mais importante – as pessoas que tiverem esta aplicação vão poder abandonar qualquer rede social a qualquer altura, sem perder aquilo que lhes pertence: as suas vidas digitais», explica Evgeny Chereshnev, director de redes sociais da Kaspersky.
Só não está garantido que os amigos passem também a fazer parte deste backup, por isso, o melhor mesmo é voltar a usar o e-mail e o telefone para voltar a falar com quem mais gosta.