Na próxima semana, estreia uma nova produção sobre Fernando Pessoa com quatro actores a “vestir” a pele do poeta e dos seus heterónimos.
The Nothingness Club – Não Sou Nada (em português, o nome é retirado do primeiro verso do poema Tabacaria) não é um filme – é, segundo Edgar Pêra, um ‘cinenigma’, ou seja, uma mistura entre ‘cinema’ e ‘enigma’ que estreia sob a forma de um «thriller psicológico que decorre dentro da cabeça de Fernando Pessoa».
Edgar Pêra (um realizador também conhecido pelas suas produções ligadas ao terror e ao surreal – O Barão, Delírio em Las Vedras) lembra o facto de o «imaginário de um dos maiores vultos da cultura portuguesa ser, reconhecidamente, um manancial cinematográfico».
O filme conta com Miguel Borges (Fernando Pessoa), Victoria Guerra (Ofélia Queirós), Albano Jerónimo (Álvaro de Campos), Vítor Correia (Ricardo Reis), Miguel Nunes (Alberto Caeiro), Paulo Pires (Barão de Teive) e António Durães (António Mora).
«Não Sou Nada – The Nothingness Club é, de longe, o projecto em que mais me projectei, graças às questões fundamentais que atravessam o imaginário de Fernando Pessoa», confessa Edgar Pêra. Aqui, a mente do poeta aparece sob forma de «escritório ou uma redacção de um qualquer órgão de imprensa, onde trabalham as suas múltiplas personificações». Uma delas é The Legendary Tigerman, que assina a banda sonora.
O filme, «desenhado a partir de uma ideia do realizador», mas com os diálogos a «assentar em 90% da obra pessoana», estreia a 26 de Outubro.