É uma «viagem» pelo País, com ingredientes dos Açores à Serra da Estrela. O Mesa de Lemos, que tem uma estrela Michelin, entrou no Verão com uma nova carta.
Na verdade, é isto que os chefs Michelin fazem: fugir aos clichés das cartas inspiradas em chavões como ‘tempo quente’ e nos ‘sabores de Verão’. Diogo Rocha, que tem uma estrela Michelin no Mesa de Lemos, entra numa floresta para criar os novos menus de degustação do restaurante.
«A floresta tem características diferentes consoante as estações do ano e não é apenas no Inverno que é fascinante. Nos meses de calor, reconforta-nos sobretudo com a fresquidão da sombra e a paz, longe do rebuliço da cidade. Também este menu é fresco e transporta-nos para uma zona de conforto que a vida simples do campo nos pode proporcionar», conta o chef.
Este menu é, também, uma viagem por Portugal: «Do centro vem a enguia; da costa, o besugo; dos Açores, o cherne; da Serra do Caramulo, o cabrito; da Serra da Estrela, o requeijão; das Beiras, o pêssego; e da própria Quinta de Lemos, os morangos». A única excepção é o bacalhau, que vem da Islândia, tal como aconteceu no menu de Inverno – «Já se transformou há muito num símbolo da nossa cozinha», lembra Diogo Rocha.
Quem for ao Mesa de Lemos, pode escolher entre dois menus de degustação, ambos com possibilidade de pairing de vinhos. O mais caro, que inclui oito momentos, fica por 145 euros (mais 55 com harmonização vínica); o outro, com seis pratos, custa 115 euros (a que se juntam mais 35, se quisermos juntar os vinhos). Há ainda um menu para crianças, por 45 euros.
Além dos pratos, Diogo Rocha também desenhou a loiça onde estes menus são servidos: é dedicada à floresta e foi criada por Geraldine de Lemos, «filha do mentor da Quinta de Lemos e do restaurante, Celso de Lemos».
O Mesa de Lemos está integrado na Quinta de Lemos, em Silgueiros (Viseu). Para reservas, pode usar o telefone 961 158 503.