Quando Rita descobriu que ia ser mãe pela segunda vez, começou a pensar que fazia falta uma marca que tivesse «produtos acessíveis e originais» para famílias numerosas. Para já, há três e um deles é «único no mercado», garante a fundadora.
Ter mais que um filho, em Portugal, pode ser considerado uma grande aventura nos dias que correm. Aliás, as estatísticas dizem mesmo que começam a ser cada vez menos os pais que decidem dar um irmão ao filho que já têm.
Segundo os últimos dados, partilhados pelo DN, o número de famílias com um filho cresceu de 44% para 55% entre 1991 e 2011; a isto junta-se o facto de, em 2017, mais de metade dos bebés que nasceram (44 500 em 86 000) eram primeiros filhos.
Ainda assim, há pais que acreditam nas vantagens de ter uma família numerosa e que têm condições para a manter. Foi o que aconteceu com Rita Marques (38 anos) que teve um segundo filho, uma oportunidade que também lhe deu uma ideia de um negócio. O projecto seria uma marca que criasse «produtos acessíveis e originais» para famílias com mais que uma criança.
Pouco tempo depois nascia a Eva, que se tronou irmã de Enzo, o seu primeiro filho; com isto Rita acabava, também, por dar à luz outro rebento – a sua marca a que deu o nome dos filhos.
Enzo & Eva ganhou forma e tornou-se uma marca portuguesa unissexo que vende, para já, três produtos para a «vida em família»: uma body sem molas para usar dos 6 aos 24 meses (o Belly, 36 euros), uma almofada em forma de trança para usar como apoio de amamentação (a Nesting Braid, 42 e 39 euros) e a jóia da coroa, o Eyrie.
O último é aquele que Rita Marques considera ser o mais forte e inovador dos três: «Está feito para acompanhar as crianças desde o nascimento», diz a fundadora. Com uma forma de pirâmide, o Eyrie (que em inglês é o termo usado para um ninho de uma ave predadora, como uma águia) pode assumir várias formas.
Desde logo, o do nome em inglês: «É um ninho perfeito para os bebés dormirem desde os primeiros dias de vida». Contudo, também se pode transformar num «ginásio de actividades espaçoso para as primeiras explorações».
Mais tarde, quando a criança já for mais velha (quatro a cinco anos, por exemplo) este “ninho” pode assumir a forma de uma tenda (que é como o vemos, principalmente). Isto é o «ideal para a fase em que as crianças começam a gostar de cantinhos escondidos e de refúgios para brincar num espaço protegido e só delas», lembra Rita Marques.
E não é tudo: o Eyrie (196 euros) é um verdadeiro canivete suíço para quem tem filhos pequenos, já que ainda se pode converter numa caixa para arrumar os brinquedos, num tapete de actividades e num almofadão – é, portanto, um 6-em-1.
«Quero que cada peça seja única, conte uma história, acompanhando a evolução e o crescimento das nossas crianças. Isto é sustentabilidade mas também é poupar, proteger e amar», diz Rita, na linha do conceito que aplicou ao Eyrie e que acaba por se tornar no mantra desta empresa portuguesa para quem os produtos acabam por ser… uma brincadeira de crianças.