A 18 de Março, a EMEL tomou a decisão de encerrar o serviço de bicicletas partilhadas, em Lisboa, para «colaborar na luta contra a COVID-19». Mas, três dias depois, a GIRA voltou ao activo.
Encerrar o serviço de bikesharing GIRA era uma consequência natural do surto do SARS-CoV-19; a EMEL não conseguiria garantir a desinfecção de todas as bicicletas e isto poderia ser um foco de propagação deste vírus.
A EMEL disse na altura, que a medida era tomada «com vista a colaborar na luta contra a COVID-19» e a para que a cidade de Lisboa «retome com a maior rapidez possível a normalidade do seu dia-a-dia».
EMEL reabriu serviço da GIRA para ajudar estafetas
Mas, apenas três dias depois, a EMEL voltou atrás e decidiu reabrir o serviço GIRA, embora apenas com um objectivo: ajudar os estafetas de entregas de refeições. O serviço continua, assim, interdito aos clientes particulares e detentores de passe anual.
«Foi reavaliada a capacidade do sistema da GIRA e reaberto o serviço de bicicletas partilhadas de Lisboa, para apoiar excepcionalmente os serviços de entrega ao domicílio», explica a EMEL em comunicado.
Mesmo antes de termos entrado em período de isolamento e de ser decretado o Estado de Emergência, já vários estafetas usavam as GIRA para fazer entregas, o que era, na altura ilegal, uma vez que as condições do serviço impediam que as bicicletas fossem usadas com fins comerciais.
Viagens de bicicleta ajudam também a reduzir emissões de CO2
No entanto, devido ao fecho obrigatório dos restaurantes ao público e ao aumento dos pedidos de refeições pela Glovo ou Uber Eats, a EMEL decidiu reabrir o serviço para facilitar a deslocação de estafetas e até contribuir para poupar em emissões de CO2, uma vez que as bicicletas (normais e eléctricas) podem ser trocadas pelas viagens de mota.
«Esta medida excepcional pretende colaborar para a contenção do COVID-19, facilitando a permanência de todos o mais possível em suas casas e mantendo o acesso das pessoas com menos mobilidade e autonomia, para confeccionar as suas refeições, às cadeias logísticas de alimentação», conclui a GIRA.