Depois de em 2016 ter sido diagnosticado com esclerose múltipla, Miguel Rocha só sabe ganhar campeonatos nacionais de bodysurf. Este ano foi o terceiro consecutivo.
Miguel Rocha, 35 anos, é uma das mais de oito mil pessoas em Portugal (dados da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla) tem esta doença crónica em Portugal.
«Os primeiros sintomas surgiram em 2016, poucos meses antes de uma grande prova. Nessa altura, o apoio da minha família e dos meus amigos foi fundamental para eu me voltar a desafiar», lembra o bodysurfer.
Actualmente ainda não há cura para a esclerose múltipla, mas é possível receber tratamentos (injecções ou comprimidos) quer a nível de terapia, quer de reabilitação.
O que a esclerose múltipla faz é provocar a inflamação e a degeneração do sistema nervoso central; além disso é auto-imune, ou seja, o corpo reage contra si mesmo e não reconhece o sistema nervoso como sendo seu.
São vários os casos de pessoas que se superam como atletas com com esta doença e Miguel Rocha e mais um deles.
Dois anos depois de ter sido diagnosticado com esclerose múltipla, Miguel Rocha só sabe ganhar: 216, 2017 e 2018 foram anos de conquista de campeonatos nacionais de bodysurf.
Esta competição, designada ‘Ocean Spirit’, decorreu em Julho deste ano, em Santa Cruz e foi a quarta de cinco etapas. Mesmo antes de acabar o campeonato, Miguel é o vencedor devido aos resultados conseguidos nas provas.
O atleta venceu a etapa de Carcavelos, ficou em segundo lugar na Ericeira e voltou a ser primeiro lugar em Peniche e, mais recentemente, em Santa Cruz.
«A vida com esclerose múltipla é um desafio constante e eu vou continuar a superar-me diariamente». E o próximo desafio já está aí: Miguel Rocha está agora a preparar-se para uma prova da mesma modalidade, na Califórnia, que vai decorrer em Agosto.