Inaugurado há quase nove meses, o restaurante asiático do Topo nasceu sem nome, mas tudo mudou. O espaço passou a chamar-se Kin, foi remodelado, ganhou uma nova carta e um dragão que percorre toda a sala.
Um espaço despido de caracterização e sem cor deu lugar a um restaurante cheio de vida, cor e ritmo, que nos leva a viajar pelas ruas de um país oriental.
O Kin começou de forma tímida, como o segundo restaurante de cozinha asiática do Topo Martim Moniz, mas agora tem uma identidade própria.
Aqui, a mobília castanha clara deu lugar a sofás, almofadas com o padrão de escamas de dragão (ou só de carpas, conforme a interpretação), candeeiros orientais e vários pontos de refeição.
Esta remodelação teve assinatura do designer Sacha Wolf e a peça de destaque é um dragão de papel que serpenteia pelo tecto e acaba por dominar as atenções do Kin.
De resto saltam à vista o contraste entre o azul-escuro e o vermelho, as estruturas de metal que lhe dão um ar urbano e industrial e neóns. Quem conhece o Soi, no Cais do Sodré, poderá encontrar, até, alguns paralelismos na decoração.
A carta, assinada pelo chef dos restaurantes Topo, Ricardo Benedito, aposta em alguns clássicos da street food asiática e da cozinha de mesa oriental.
Nos entradas destacam-se os Baos, as Gyosas, os Vitenam Rolls e os Spring Rolls. Todos têm opção vegetariana, uma aposta assumida pelo chef; no menu há ainda uma Sopa Thai de Frango, com leite de côco e massa de arroz para confortar o estômago.
A lista dos pratos principais é composta por onze referências, sendo que três delas têm várias versões: Pad Thai (Tofu, Frango e Camarão), Nasi Goreng (Tofu e Frango) e Bobun (Frango e Novilho).
O preço médio é de 12 euros, o que é muito, muito aceitável mesmo para a qualidade que experimentámos no Kin, a convite do restaurante. As nossas sugestões são duas, ambas deliciosas: Pad Thai de Camarão e Nasi Goreng de Frango.
Este primeiro prato é um clássico da cozinha tailandesa: massa de arroz frita com pasta vermelha, rebentos de soja, cebolo chinês e amendoim. Já o segundo vem da Indonésia e tem como base o arroz frito misturado com vegetais e ovo.
Para acompanhar, não resistimos as tradicionais cervejas Singha (3,5 euros) ou Kirin (4 euros), mas também não conseguimos fugir à carta de cocktails (o Beijing e o Hanoi são os melhores), em que cada bebida é servida com um bolinho da sorte chinês.
A terminar, não há dúvidas: à sua espera estão um Cheesecake de Gengibre e um Bolo Esponjoso Pandan com Sorvete de Yuzu, ambos por 4 euros.
O Kin está apenas aberto para jantares, das oito à meia-noite. Para reservas pode usar o número de telefone 215 881 322.
E, já sabe: a partir de agora, quando subir de elevador ao sexto andar do Centro Comercial do Martim Moniz vire logo à direita. E não se assuste: o dragão é grande, mas a satisfação à mesa ainda vai ser maior.