Segundo as conclusões de um inquérito da Airbnb, os hóspedes que marcaram casas em Lisboa através desta plataforma de aluguer gastaram quase 200 milhões de euros em refeições.
Muita gente pode não gostar do efeito que a Airbnb está a provocar nas cidades (o jornal i escreve sobre ruas em Lisboa com apenas dois moradores e 230 apartamentos para alugar na Airbnb).
Contudo, os dados apresentados por esta plataforma mostram que este negócio do aluguer de casas tem um impacto importante, e benéfico, na economia.
Vejam-se, por exemplo, os resultados do mais recente estudo desta plataforma, a Airbnb: Generating $6,5 Billion [5,4 milhões de euros] for Restaurants Around the World. O estudo foi feito em 44 cidades de todo o mundo.
Deste valor, 187 milhões de euros foram gastos em Lisboa, uma cidade onde se tem discutido muito os efeitos negativos vs. positivos do Airbnb. O aumento, em relação ao período homólogo anterior (Setembro de 2015 a Setembro de 2016), foi de 97 milhões de euros.
Neste inquérito, foi perguntado aos hóspedes o valor médio tinham gasto em refeições feitas na capital – 33 e 83 euros, foram as respostas dos hóspedes que alugaram casas em Lisboa, pela Airbnb.
Segundo outros dados, 56% dos hóspedes que poupam dinheiro ao reservar alojamento desta forma «gastam mais em comida e compras», o que ajuda a explicar estas “mãos-largas”.
«Quando as pessoas viajam utilizando a Airbnb, ajudam a assegurar que os benefícios do turismo são desfrutados por muita gente e não ficam apenas nas mãos de alguns, apoiando assim as comunidades locais», diz Arnaldo Muñoz, director-geral da Airbnb para Espanha e Portugal.
Os resultados deste estudo chegam num momento em que a Airbnb anunciou uma parceria com a app de reserva de restaurantes Resy (iOS e Android), que, apesar de estar disponível para download em Portugal, não pode ser usada cá.
A Resy só tem cidades dos Estados Unidos da América e, mesmo assim, apenas em dezasseis, o que a torna numa parceira de negócio inconsequente em Portugal.
Impacto económico em Portugal
Depois de apresentar do dados para Lisboa, a Airbnb revelou mais alguns valores relativos à totalidade do território nacional. Assim, em 2016, os hóspedes e anfitriões na Airbnb geraram um «impacto económico de 1,07 mil milhões de euros» no País.
A empresa mostrou ainda que, em média, o anfitrião tradicional português ganha 3600 euros por mês de rendimento-extra ao alugar a sua casa, via Airbnb, em apenas «39 noites por ano».
Finalmente, no primeiro trimestre de 2017 (Janeiro-Março), a Airbnb diz ter recebido e pago 1,1 milhões de euros de taxa turística à Câmara de Lisboa.