O Eléctrico 28 é um dos ex-líbris de Lisboa, um meio de transporte de outros tempos que se tem mantido intocável ao longo dos tempos. Até hoje.
Os automóveis eléctricos estão a ganhar os eu espaço e a cativar cada vez mais clientes. Mas Lisboa já sabe o que é viajar num Eléctrico há quase cem anos, basta passear pelas ruas e praças mais antigas da capital para vermos o “amarelinho” a subir e a descer, sempre apinhado.
O mais carismático dos Eléctricos de Lisboa é, sem dúvida, o 28, com a sua carreira entre Campo de Ourique e a Graça, atravessando meia cidade. A Renault decidiu dar um pequeno twist a esta viagem e transformou uma série de automóveis Zoe em mini “vinte-e-oitos”.
Até às 18 horas de hoje, sexta-feira, estes modelos assumem o estatuto do mítico Eléctrico da Carris e fazem a parte do percurso entre o Príncipe Real e a Estrela, com passagem pelo Miradouro de São Pedro de Alcântara e o Largo de Camões.
A ideia é promover as vantagens dos automóveis eléctricos, neste caso o Renault Zoe, sendo a principal a ausência de emissão de gases poluentes. Tal como o 28 faz há mais de cem anos em Lisboa. Entre as principais características do Zoe estão os seus 240 km de autonomia e um motor eléctrico de 65 kW.
O paragem principal do Zoe “mascarado” de 28 fica no Príncipe Real; depois, nos pontos de passagem intermédios – Miradouro de São Pedro de Alcântara e Largo Camões – mas também na Estrela, estão paragens inspiradas nas elétricos amarelos (que também já foram verdes e vermelhos) que, desde 1901, servem a cidade de Lisboa.