Em 2025 há mais obras que entram no domínio público, segundo a lei dos EUA, que garante os direitos de autor durante 95 anos: Tintin e Popeye são os destaques.
Tal como aconteceu com a versão do Mickey de Steamboat Willie, em 2024; e Winnie the Pooh, em 2022, há mais obras de animação bastante conhecidas que entram em domínio público, nos EUA, este ano. Além destas, há mais obras de 1929 criadas ou lançadas neste país que deixam de estar protegidas por direitos de autor.
Isto significa que qualquer empresa (ligada ou não às artes) ou pessoa individual pode usar as imagens e os nomes criadas pelos autores originais para dar origem a novos conteúdos, sem que seja necessário pagar direitos de autor.
Por exemplo, uma qualquer editora dos EUA pode lançar os seus livros de banda-desenhada de Tintin, com novas histórias ou mesmo produzir filmes; o mesmo acontece para a personagem Popeye, embora, neste caso, isto seja apenas válido para a versão inicial do marinheiro que apareceu na banda-desenhada Thimble Theatre, do seu autor E.C. Segar (imagem em baixo).
Na Europa, contudo, a história dos direitos de autor é diferente: a lei protege as obras de cada autor durante o seu tempo de vida e por mais setenta anos após a sua morte. Desta forma, os direitos de Tintin só caem no domínio público em 2054, já que Hergé faleceu em 1983.
Juntamente com Tintin e Popeye, há mais algumas obras de renome que deixam de ter direitos: Blackmail (o primeiro filme sonoro de Alfred Hitchcock), On With the Show (o primeiro filme inteiramente falado e a cores de longa-metragem) ou o livro The Sound and the Fury (de William Faulkner e que, curiosamente, foi a inspiração para o nome de uma produtora portuguesa de cinema).
Nesta lista, encontramos ainda Seven Dials Mystery (Agatha Christie), A Farewell to Arms (Ernest Hemingway), A Room of One’s Own (Virginia Woolf) e várias pinturas de Salvador Dalí, incluindo Illumined Pleasures, The Accommodations of Desire e The Great Masturbator. Em 2026, os “senhores” que se seguem são Pluto (o cão da Disney) e Betty Boop.
No que respeita a Portugal, em 2024 passaram setenta anos sobre 54 autores que morreram em 1954. Entre estes, estão o diplomata Aristides de Sousa Mendes, o filósofo Edmundo Curvelo, a artista plástica Ana de Gonta Colaço, a activista Albertina Paraíso e o cantor Óscar de Lemos.