Nasceu um hotel de construção passiva em Lisboa: o JAM foi criado por artistas e é amigo do ambiente

Com cinco tipologias de quartos - Extra, Hiper, Ultra, Supra e Mega - o JAM tem, entre outros espaços, um terraço com piscina, bar, além de um restaurante.

©JAM Lisboa | Lobby
©JAM

A empresa belga Nelson Group é o responsável pela abertura daquele que será o «primeiro hotel de construção passiva» em Portugal.

O JAM Lisboa é um dos mais recentes empreendimentos turísticos a chegar a Lisboa. A cidade tem visto abrir vários hotéis nos últimos tempos (e há mais no horizonte), o que estará a contribuir para atingir rapidamente a saturação.

Contudo, este hotel parece ter um conceito diferente, numa espécie de preocupação com o slow tourism e com o ambiente – os responsáveis dizem que é o «primeiro hotel de construção passiva» em Portugal.

Esta prática não é nova no País: por exemplo, o condomínio Quintinha, em Vilamoura (Algarve) foi construído tendo em conta as regras da construção passiva. Resumidamente, este método permite minimizar o consumo de recursos, maximizar a eficiência energética e reduzir o impacto ambiental.

©JAM Lisboa - Quarto
©JAM Lisboa | Os quartos Ultra do Jam começam nos 99 euros/noite e têm uma capacidade máxima de quatro pessoas; a decoração, em todos, aposta num aspecto cru, apenas com mobiliário essencial e básico.

O termo “passiva” é justificado pelo facto de este tipo de construção aproveitar as condições ambientais naturais de forma eficiente, em vez de depender de sistemas “industriais” para aquecimento, refrigeração ou iluminação.

É o que acontece no JAM Lisboa: «Além da construção, a sustentabilidade do hotel traduz-se no reaproveitamento de materiais e na transformação de peças, sendo cada uma única e adaptável a uma nova função», explica João Flosa, director do hotel.

Assim, os «bancos, cadeiras, sofás e todo o mobiliário» que estão no lobby e nos quartos podem ser reconvertidos para outros fins – ou seja, nenhum deles é de utilização única e pode ter «sempre uma segunda vida». Além disso, há elementos que vêm de um «processo de reciclagem ou incorporam elementos reciclados».

©JAM Lisboa | Piscina
©JAM Lisboa | No terraço, este novo hotel da Avenida 24 de Julho (com vista para o Tejo) tem uma piscina e um bar.

Criado por um «colectivo de artistas portugueses e belgas que se propuseram a criar um projeto moderno, que combinasse arte, inovação e sustentabilidade», o JAM também vai ser um «palco para novos artistas e designers» – o curador desta vertente do hotel é o designer belga Lionel Jadot.

Com cinco tipologias de quartos – Extra, Hiper, Ultra, Supra e Mega (para máximos de duas a seis pessoas – com preços a partir de 84 euros/noite) – o JAM tem um terraço com piscina e bar, um restaurante (o Mojjo), um estúdio de música e um espaço para concertos ao vivo. No Porto, há um hotel com um conceito semelhante: o M.Ou.Co.

O JAM fica na Avenida 24 de Julho, onde estava um «velho edifício administrativo», muito perto da zona das discotecas Kremlin e Plateau. Para reservas e pedidos de informação, pode visitar o site do hotel ou usar o telefone 300 528 373.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].