A Universidade de Coimbra está a desenvolver várias receitas tradicionais que usam algas como ingrediente de base, de sopas a pudins.
Na “cozinha” do do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Universidade de Coimbra (UC), a “chef” Ana Marta Gonçalves tem em mãos um novo projecto em que todas as receitas usam «macroalgas marinhas da costa portuguesa».
A ideia é criar «refeições pré-cozinhadas alternativas, com elevado valor nutricional e de rápida confecção» com a «utilização completa das macroalgas marinhas e não apenas extractos ou compostos», como acontece em várias indústrias», explica a investigadora.
Com isto, o projecto MENU (Marine Macroalgae: alternative recipes for a daily nutritional diet – qualquer coisa como ‘receitas alternativas para uma dieta diária nutricional’) quer aproveitar todas as propriedades das algas: «Antivirais, antibacterianas, antidiabéticas, antioxidantes e anticancerígenas», por exemplo.
No “menu” da Universidade de Coimbra estão receitas tradicionais, onde as macroalgas desempenham um papel fundamental: temos sopas, molhos, gelatinas, arroz doce, compotas e pudins de chocolate ou baunilha. Um dos parceiros da UC é a produtora de arroz Ernesto Morgado, S.A, a que se junta a startup Lusalgae (biotecnologia marinha).
Segundo Ana Marta Gonçalves, os primeiros produtos do MENU podem chegar ao mercado «dentro de um ano». Recentemente, houve uma marca portuguesa que se estreou também no mundo das algas, com vários temperos criados com este ingrediente, a Wissi.
