Rescaldo: o festival de jazz e música electrónica que abre «espaço para outras formas de pensar e ouvir» chega à 13ª edição

O Rescaldo 2023 vai ter onze concertos em quatro salas de Lisboa, a que se junta um workshop para crianças no MAAT.

©Nuno Bernardo | Poly Vuduvum
©Nuno Bernardo | Poly Vuduvum

Durante cinco dias, o Rescaldo passa por quatro salas de Lisboa. O festival tem como objectivo «sentir o pulso criativo do País, em tudo o que tem de mais inclassificável e desafiante».

Galeria Zé dos Bois, Damas, Teatro do Bairro, MAAT e St. George Church voltam a receber, em Fevereiro, uma nova edição do festival Rescaldo. Ao todo, serão onze concertos, a que se junta um workshop para crianças.

O Rescaldo, que se foca no jazz e na música electrónica, «continua a afirmar a diversidade estética, social e geracional que vai mantendo vivo o milagre pessoal e colectivo que é o fazer, pensar, sentir e desbravar o som nas suas infinitas possibilidades», diz a organização.

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©Rescaldo | João Carreiro & Mariana Dionísio são os primeiros a tocar no Rescaldo 2023.

Em 2023, o festival arranca a 15 de Fevereiro na Galeria Zé dos Bois com concertos de João Carreiro & Mariana Dionísio, Poly Vuduvum (Diana Policarpo e Marta Von Calhau!) e Bezbog. Neste dia, o “ambiente sonoro” é dominado pelo jazz, pela electro-acústica e pela mistura entre folclore e a música de câmara.

A 16 de Fevereiro, o Rescaldo segue para o Damas, com Tiago Sousa + Joana de Sá (que se estreiam em dupla a convite do festival), numa actuação com órgãos eléctricos, loops de guitarra e sintetizador. Seguem-se os Algorave by Not Binary Code (um colectivo de música electrónica e imagem, aqui com Ndr0n, Quendera e Violeta).

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©Rescaldo | A imagem deste ano foi criada por Travassos.

Sexta-Feira, 17 de Fevereiro, é o Teatro do Bairro Alto a receber o Rescaldo. Cândido Lima (um «pioneiro nacional de formas técnicas e tecnológicas da composição contemporânea, da electroacústica à espacialização do som») e André Gonçalves + Violeta Azevedo + Maria da Rocha + César Burago (sintetizadores modulares; flauta, electrónicas; violino, electrónicas; e percussão), mais uma formação criada em exclusivo para o Festival.

No dia 18 de Fevereiro, o Rescaldo acontece à beira-Tejo: o MAAT recebe o workshop para crianças ‘Shhhh… Bong! Piii, Zuuu! Vamos Fazer Música Concreta!’, logo ao princípio da tarde. Depois, o museu será palco para a apresentação do novo disco de Vasco Mendonça & Drumming GP, Play Off. A fechar o dia, acontece o «concerto/performance» de Menino da Mãe & Coro (música «electrónica mas orgânica, é punk mas new age, é noise mas pop filigrânica»).

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©Rescaldo | Carlos Bica apresenta-se a Solo para fechar o festival na St. George Church.

O fecho do Rescaldo é a 19 de Fevereiro na St. George Church com Raw Forest (o «alter-ego de Margarida Magalhães», com uma música «imersiva em estado de graça) e Carlos Bica Solo, um contrabaixista que com um percurso feiro «essencialmente em torno do jazz, mas também envolto num folk misterioso e belo que contêm em si laivos de uma distante portugalidade», descreve a organização.

Todas as informações sobre os concertos e programação do Rescaldo 2023 podem ser encontradas no site oficial do festival.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].