A tendência de transformar cantores falecidos em hologramas, para dar concertos, chegou a Portugal. António Variações sobe ao palco do Capitólio, em Julho.
Os hologramas parecem ser a melhor forma de voltar a vermos concertos com cantores já desaparecidos ou que deixaram os palcos; foi o que aconteceu recentemente com Whitney Huston ou com os Abba, por exemplo.
Agora, esta moda chega a Portugal: António Variações será o primeiro artista nacional transformado em holograma para dar um concerto. O espectáculo está marcado para 5 de Julho, no Capitólio, em Lisboa.
Para criar o holograma de António Variações, foi usado o mesmo método que serviu para trazer Whitney Huston de volta aos palcos – o corpo é de uma pessoa real, com características físicas semelhantes às do cantor, e a cara foi criada com uma deepfake.
Este deepfake, conceito que se baseia na sobreposição de uma imagem digital de uma cara igual à de quem se quer imitar, foi feito tendo com base Sérgio Praia, o actor que deu vida a Variações no filme com o mesmo nome.
Ou seja, o holograma que vamos ver em palco no Capitólio, neste concerto, é, na verdade, Sérgio Praia com uma cara digital, gerada por computador, de António Variações – a voz também será a do actor, que chegou a dar alguns concertos para promover o filme.
A banda que tocará ao vivo é a que também participou nestes espectáculos: Duarte Cabaça, David Silva, Vasco Duarte e Armando Teixeira (Balla), responsável pela música do filme.
Os bilhetes custam dez euros e podem ser comprados na BlueTicket. Resta dizer que este espectáculo é produzido pela Uzina e tem como pretexto uma acção de marketing da Samsung – convidar o público a experimentar o modo Nightography do smartphone Galaxy S22.