As marcas de cosmética da Unilever vão deixar de usar a indicação ‘normal’ para classificar produtos. ‘Pele normal’ ou ‘cabelos normais’ são duas das expressões abolidas.
É tudo em nome da ‘Beleza Positiva’, a nova visão estratégica da Unilever que promove a inclusão e afasta os estereótipos, para «defender uma nova era de beleza equitativa, inclusiva e, ainda, sustentável para o planeta».
Dove, Rexona, Axe e TRESemmé estão entre as marcas que deixam de usar a indicação ‘normal’ nas embalagens de desodorizantes, cremes, champôs e amaciadores.
A decisão de remover a palavra é, segundo a Unilever, um dos «muitos passos» que a empresa está a dar para «desafiar os ideais de beleza restritos».
Acabar com a «discriminação e defender uma visão de beleza mais inclusiva» são os principais objectivos da empresa, num mercado em que as marcas sempre tentaram criar um ideal de beleza padronizado até há bem pouco tempo.
Mensagem da indústria da cosmética é negativa
Esta ideia é confirmada pelos resultados de um estudo feito pela fez em nove países e que envolveu dez mil pessoas: 56% considera que a indústria da beleza e de cuidados pessoais passa mensagens que podem «fazer com que as pessoas se sintam excluídas».
No mesmo estudo, sete em cada dez considera que usar a palavra ‘normal’ nas embalagens dos produtos e nas campanhas publicitárias «tem um impacto negativo».