A iniciativa começou em França e foi uma forma de lutar contra a violência doméstica, uma situação que se agravou em período de isolamento social.
A história começa em Nancy, uma cidade francesa, onde uma mulher foi até uma farmácia e pediu uma Máscara-19. Isto era, afinal, um pedido de ajuda, uma vez que estava a ser vítima de violência doméstica por parte do marido.
O farmacêutico que atendeu a mulher denunciou o caso às autoridades e o homem acabou por ser detido. O episódio aconteceu no final de Março e acabou por se tornar viral, chegando também a Espanha (Canárias), com a campanha Mascarilla-19.
Farmacêuticos do Porto são os primeiros a aderir à Máscara-19
Esta ideia, que partiu do governo francês, tem agora mais uma versão, desta vez em Portugal, promovida pela Assembleia Feminista de Lisboa (AFL): «É um formato que está a funcionar lá fora e que pensámos poderia servir também às vítimas portuguesas», disse Teresa Silva, responsável da AFL, à revista Visão.
Para já, este “código secreto’ para denunciar casos de violência doméstica conta com a adesão dos farmacêuticos do Centro Hospitalar Universitário de São João (Porto). A AFL já apresentou a ideia à Comissão para a Cidadania e Igualdade e à Ordem dos Farmacêuticos, para que mais farmácias adiram à causa.
Contudo, e segundo a Visão, a Estrutura de Apoio às Vítimas do Seixal já se juntou à promoção da Máscara-19, que se encarregou de passar a informação às farmácias deste concelho da Margem Sul.