Depois de ter havido resultados positivos, várias empresas de biotecnologia já pediram autorização para fazer mais ensaios clínicos com células estaminais, para tratar a COVID-19.
É mais um método alternativo que está a ser usado para combater a doença respiratória provocada pelo novo Coronavírus SARS-CoV-19. Desta vez, o método utilizado recorre a células estaminais mesenquimais (MSC).
A conclusão está num estudo feito na China, depois de sete doentes hospitalizados com COVID-19 terem sido tratados com este tipo de células do tecido do cordão umbilical, com resultados favoráveis.
Crioestaminal acredita na potencialidade das células estaminais
«Tendo em conta resultados promissores da aplicação de MSC no contexto de várias doenças inflamatórias e com envolvimento do sistema imunitário, foram iniciados vários ensaios clínicos com o objetivo de avaliar a eficácia do tratamento de COVID-19 utilizando MSC», revela a Crioestaminal.
A empresa nacional que tem um serviço de de banco de criopreservação deste tipo de células acredita que a «forte acção anti-inflamatória e a capacidade de regulação do sistema imunitário das células estaminais mesenquimais podem ajudam a melhorar o estado de doentes com pneumonia e síndrome de dificuldade respiratória provocada pelo novo Coronavírus».
Portugal está na lista de países que tem testes com MSC
Para começar a fazer mais testes do género, a Mesoblast Limited e a Celltex Therapeutics Corporation, empresas de biotecnologia ligadas a MSC, pediram já autorização a entidades reguladoras de saúde de vários países, entre os quais os EUA e a Austrália.
Além destas duas empresas, a Pluristem Therapeutics está a avaliar o efeito de tratamentos feitos com MSC da placenta em doentes com COVID-19: em Israel, houve já três casos onde este método foi aplicado com sucesso.
Em Portugal também há testes a serem feitos com células estaminais: as MSC fazem parte de um grupo de fármacos de terapêuticas experimentais autorizadas pelo Infarmed que, contudo, resalva o facto de ainda não haver «evidência clínica robusta» da sua eficácia.