É a história de uma família portuguesa latifundiária desde os anos quarenta até aos dias de hoje, passando pelo “choque” do 25 de Abril. A Herdade pode ser o filme português nomeado para melhor filme estrangeiro nos Óscares 2020.
Depois de filmes como São Jorge, Cartas de Guerra e Peregrinação, chega agora a vez de ser a A Herdade a tentar conquistar a estatueta dourada para melhor filme estrangeiro. Agora está tudo nas mãos do júri norte-americano, que faz a selecção final dos cinco filmes estrangeiros que concorrem ao Óscar.
Desde 1980 que há um filme português eleito pela APC para entrar na corrida ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro: o primeiro foi Manhã Submersa, uma adaptação do livro de Virgílio Ferreira ao cinema por Lauro António.
A Herdade foi realizado por Tiago Guedes, que já ganhou um prémio: o Bisato d’Oro, no 76.º Festival de Cinema de Veneza, para Melhor Realização. O filme também está, neste momento, no TIFF (Toronto International Film Fest) e é a primeira «longa-metargem portuguesa a ser seleccionada para a secção Special Presentations», sublinha a Academia Portuguesa de Cinema.
Com estreia em Portugal marcada para o dia 19 de Setembro, A Herdade conta a «saga de uma família portuguesa, proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem Sul do Rio Tejo, fazendo o retrato da vida histórica, política, social e financeira do nosso país, entre os anos 40 e os dias de hoje». O protagonista é Albano Jerónimo e no elenco principal estão ainda Sandra Faleiro, Miguel Borges e Victoria Guerra.