Em Fevereiro, a Samsung apresentou aquele que seria o primeiro smartphone dobrável do mundo. O Fold chegou a estar em pré-venda, mas falhas na construção mudaram os planos à marca coreana.
No evento de apresentação do Galaxy Fold, o CEO da Samsung DJ Koh anunciou o smartphone como uma ‘visão do futuro’, mas assim que as primeiras unidades foram enviadas para os jornalistas fazerem testes, percebeu-se que esta ideia tinha sido um pouco como a morte de Mark Twain: manifestamente exagerada.
O Fold começava a funcionar mal, a dobra ficava rapidamente vincada e houve casos em que peças se soltaram debaixo do ecrã e criavam altos no display. Muitos retiraram também uma película protectora do ecrã que não deveria ser removida.
Estas falhas de construção foram assumidas pela Samsung num comunicado, em Abril, e o Fold foi retirado das pré-vendas, quando devia chegar às lojas no dia 26 desse mês.
«Uma primeira análise às questões reportadas sobre o ecrã revelou que estas podem estar relacionadas com as áreas expostas da dobradiça. Em alguns casos, as substâncias encontradas dentro do dispositivo afectaram o desempenho do ecrã», justificou a marca coreana, na altura.
Agora, três meses depois desta polémica, a Samsung garante que tudo foi revisto e que o smartphone foi melhorado – tudo para que comece a ser vendido em Setembro.
«Depois de algum tempo a investigar e analisar detalhadamente o design do seu equipamento dobrável, a Samsung implementou as melhorias necessárias e submeteu o Galaxy Fold a testes rigorosos para avaliar as alterações realizadas», garante a marca em comunicado.
Entre as melhorias feitas ao Galaxy Fold está uma que foi um dos grandes problemas do equipamento original – a tal película protectora do ecrã que muitos descolaram, sem saber que era imprescindível para o funcionamento do smartphone.
A Samsung diz, assim, que fez o «prolongamento da camada protectora superior do ecrã Infinity Flex além da moldura» para que fique «claro» que esta é «parte integrante da estrutura do ecrã» e que «não pode ser removida».
Neste conjunto de melhorias ao Fold houve ainda um reforço global da estrutura com a «incorporação de reforços adicionais» para proteger o equipamento contra a entrada de «partículas externas» e o fortalecimento da dobradiça com «novas tampas de protecção».
Finalmente, a Samsung aplicou «camadas de metal adicionais sob o ecrã Infinity Flex para reforçar a protecção» do mesmo e reduziu «o espaço entre a dobradiça e o corpo» do Galaxy Fold.
Para já, a marca diz que está a fazer «os testes finais de produto» para que seja possível fazer com que o Galaxy Fold «chegue aos utilizadores em Setembro»; contudo, ainda não há datas concretas sobre o início das pré-vendas ou se estas mudanças vão também ter impacto no preço final, que começou por ser de 1900 euros, em Abril. Portugal não deve, ainda, estar no primeiro lote de países onde o Fold vai começar a ser vendido.
O Galaxy Fold tem um ecrã exterior de 4,8 polegadas e outro, interior (o que se dobra), de 7,3 polegadas Super AMOLED. Neste telefone há ainda uma câmara principal de 16 e mais duas de 12 MP; o sensor frontal tem 10 MP. O sistema operativo é, claro, o Android, na sua versão mais recente, o 9.0 Pie, com a nova interface de utilizador da Samsung OneUI.