Review: Razer Phone

A marca especializada em acessórios para gaming aventurou-se na criação de um smartphone que parece uma consola portátil.

A Razer é uma empresa muito activa, daquelas que não tem muito medo de se mandar para fora de pé no que respeita a criar dispositivos que pouco têm a ver com o seu negócio básico: o hardware para jogos.

Prova disso é que a marca lançou o seu primeiro smartphone chamado Razer Phone. Os rumores começaram em Outubro de 2017 e, em Novembro, a notícia foi oficializada pela marca. Como não podia deixar de ser, a empresa vende este dispositivo como um smartphone para jogar.

Por isso colocou-lhe um poderoso processador (Snapdragon 835) e 8 GB de memória RAM; além disso há 64 GB de armazenamento, para instalarmos vários jogos, e ainda podemos expandir o espaço até 256 GB através de um cartão de memória microSD.

Mas a estrela do Razer Phone é mesmo o ecrã LCD de 5,7 polegadas que oferece uma resolução máxima de 1440 x 2560 com uns impressionantes 120 Hz de taxa de actualização. Segundo a Razer, isto faz com que os jogos tenham gráficos «mais suaves» que os de outros smartphones.

Como os jogos também são som, existem duas colunas de cada lado do ecrã capazes de reproduzir áudio em Dolby Atmos. Isto consegue dar uma impressão de que o som está à nossa volta, como se existissem mais que duas colunas.

A qualidade de construção é simplesmente fantástica. O corpo é todo em alumínio preto com dois botões para o controlo de volume do lado esquerdo e o botão para ligar/desligar do lado direito. Este botão inclui ainda o sensor de impressões digitais.

Infelizmente, a única entrada que o Razer Phone tem é a USB Type-C que serve para carregar e transferir dados. Se quiser usar um par de auscultadores a sério terá de usar o adaptador que vem incluído na caixa, tal e qual acontece com o iPhone X, por exemplo.

Os cabos que vêm com o Razer Phone são todos “braided” iguaizinhos aos que são usados para a ligação de hardware de jogos como teclados e ratos. Tudo respira qualidade de materiais e montagem.

O sistema operativo de origem é o Android 7.1.1 (entretanto, já está disponível a actualização para o Oreo) que mantém as funcionalidades principais, porque a personalização da Razer é meramente cosmética. Se o utilizador quiser mudar o aspecto da interface, existem várias skins que podem ser aplicadas à interface.

Pelo facto de o sistema não estar muito alterado, a experiência de utilização é muito agradável: as aplicações abrem muito rapidamente e tudo flui como deve ser.

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É director da PCGuia há alguns anos e gosta de tecnologia em todas as suas formas. Está neste mundo muito por culpa da sua curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica. Vem ao TRENDY de vez em quando dar um toque mais mais geek e sci-fi.