Não houve surpresas na votação da Academia Portuguesa de Cinema para indicar o filme que pode representar o País na categoria de Melhor Filme Internacional.
Mal Viver, de João Canijo, é o filme português escolhido pela Academia Portuguesa de Cinema para entrar na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional. Esta indicação acaba por não surpreender, visto que esta era a produção mais premiada da lista, com destaque para o Urso de Prata, na Berlinale.
Em “dueto” com Viver Mal (que também estava nomeado), este é um díptico que conta a mesma história de perspectivas diferentes, tendo com pano de fundo um hotel no Norte de Portugal (na realidade, o Parque do Rio, em Ofir) gerido por uma família de mulheres. O filme escolhido pela Academia Portuguesa de Cinema mostra o lado desta família, enquanto o outro, é a visão dos hóspedes do hotel.
Para trás ficam ainda Nayola, um filme de animação de José Miguel Ribeiro, baseado na peça de teatro A Caixa Preta (Mia Couto e José Eduardo Agualusa); e Légua, de Filipa Reis e João Miller Guerra, sobre a «dramática desertificação do interior nortenho de Portugal».
Agora, Mal Viver vai ter de convencer o júri da Academia de Cinema dos EUA para conseguir um lugar entre os filmes nomeados, que entram, efectivamente, na corrida para o Óscar de Melhor Filme Internacional. A cerimónia acontece no dia 10 de Março de 2024.