Um grupo de investigadores do Instituto Superior de Agronomia e da Escola Superior de Comunicação Social criaram uma colher feita de grão-de-bico e arroz integral. E já ganharam um prémio.
Em 2021, ficou viral uma apresentação no Shark Tank de uma empresa que pedia 500 mil (cerca de 455 mil euros) dólares por 7% de participação num negócio de colheres comestíveis. A IncrEDIBLE Eats, fundada por Dinesh Tadepalli, saiu do programa com um tubarão: Lori Grenier investiu meio milhão de dólares, mas conseguiu 15% da empresa.
Entretanto, a IncrEDIBLE Eats criou várias versões das suas colheres comestíveis, com sabor a chocolate, óregãos e pimenta-preta, além de ter alargado o seu portfóilo a palhinhas e garfos. Para fazer estas colheres, a marca usa farinhas de trigo, arroz integral, grão e aveia – cada uma tem entre 20 e 25 calorias.
Agora, são portugueses a criar uma destas colheres estaladiças, com um aspecto diferente: enquanto as da EncrEDIBLE Eats são mais minimalistas, as Spoon-eat têm uma concha maior, que até pode ser recheada. Contudo, o objectivo principal é o mesmo: reduzir o uso de plástico.
Neste caso, há ainda mais um argumento ligado à sustentabilidade: as Spoon-eat usam, na sua composição, «ingredientes maioritariamente portugueses e subprodutos da indústria alimentar».
Nesta lista, estão ingredientes semelhantes aos da marca dos EUA: «Farinhas de grão-de-bico, de arroz integral, de castanha e canela», o que fazem com que sejam uma «fonte de proteína vegetal e fibra». A informação nutricional completa não foi revelada, mas, sabe-se que, para produzir estas colheres, os responsáveis usaram uma impressora 3D.
Estes terão sido os principais argumentos que levaram a Spoon-eat a ganhar o segundo lugar no prémio Born from Knowledge, da Agência Nacional de Inovação, no âmbito do Prémio Ecotrophelia Portugal, promovido pela PortugalFoods, que distingue projectos originais, para o sector alimentar.
Para já, não há qualquer plano para comercializar as Spoon-Eat.