Anjo, um dos quadros mais icónicos de Paula Rego, passa a fazer parte do acervo de arte da Fundação Calouste Gulbenkian – podo ser vista de forma gratuita até 24 de Julho.
A Fundação Calouste Gulbenkian comprou dois quadros de Paula Rego e está a expô-los ao público até fim de Julho. Um deles, Anjo (1998), é mesmo um dos mais importantes da obra da pintora nacional e é «quase uma síntese da sua produção artística», lembra a curadora Helena de Freitas.
O quadro mostra uma «mulher bem terrena, vingadora e piedosa, segurando nas mãos uma espada e uma esponja, dois dos símbolos da Paixão de Cristo»; a figura é vista como uma representação de Paula Rego: «Não sendo explicitamente um autorretrato, é certamente uma imagem autorreferencial que se identifica com o sentido interventivo do seu trabalho: entre a protecção e a vingança, o castigo e o perdão», explica a responsável.
Já Banho Turco, é uma pintura feita no «verso de um nu da artista, pintado por Victor Willing, seu marido» e é uma «releitura crítica da pintura neoclássica de Dominique Ingres, Le Bain Turc (1859)»; este quadro é de 1960 e um dos primeiro de Paula Rego.
A exposição gratuita destes dois quadros, na Zona de Congressos da Gulbenkian, acontece pela altura do primeiro aniversário da morte de Paula Rego: 8 de Julho.