Máscaras cirúrgicas, KN95 e máscaras sociais podem ser descontaminadas em casa para que possam ser reutilizadas. A Universidade de Coimbra partilha três métodos «simples» e acessíveis.
Um estudo da Universidade de Coimbra (UC) concluiu que há três formas de descontaminar as máscaras de protecção que são usadas para mitigar a transmissão do SARS-CoV-19. A pesquisa focou-se nas versões cirúrgicas, KN95 e sociais.
Segundo a UC, estes três métodos «simples e baratos» podem ser usados em casa e têm uma eficácia de «praticamente 100 por cento», além de permitirem «vários ciclos de reutilização».
Uma das preocupações da universidade é, precisamente, com o ambiente: «O uso massificado gera um problema ambiental, uma vez que as máscaras são tratadas como lixo comum – para não mencionar a existência frequente de APR [ndr: aparelhos de protecção respiratória] usados nas ruas e passeios, o que constitui em si mesmo um risco para a saúde pública».
Da lixívia ao micro-ondas
Para esterilizar e descontaminar estes três tipos de máscaras, a UC sugere a lavagem com uma solução de lixívia, nebulização (criar vapor) com água oxigenada e esterilização por vapor de água em micro-ondas.
«A lavagem com uma solução de hipoclorito de sódio [ndr: lixívia) e a esterilização a vapor em micro-ondas são as soluções com maior potencial. Aliás, os sacos de esterilização a vapor já são usados actualmente, por exemplo, para esterilizar produtos para bebés»,lembra Marco Reis, o docente e investigador que coordenou este estudo.
A UC ressalva ainda que nos casos em que o nível de esterilização não foi atingido (uma «redução superior a 99,9999% no número de células viáveis»), os tratamentos propostos «apresentaram pelo menos uma eficácia classificada como “desinfecção”, correspondente a uma redução superior a 99,9%».