O Prémio Nobel da Paz 2021 foi atribuído pela academia Sueca a dois jornalistas, um russo e uma filipina. Ambos lutam contra os regimes autoritários dos países de origem.
Maria Ressa e Dmitry Muratov, dois jornalistas, são os vencedores do Prémio Nobel da Paz 2021 e sucedem ao Programa Alimentar Mundial da ONU. Segundo a Academia Sueca, ambos recebem o prémio por lutarem pelos direitos de liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia.
Rússia e Filipinas no “vermelho” da liberdade de imprensa
Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, ambos os países estão no “vermelho” no que respeita à liberdade de imprensa: a nação liderada por Vladimir Putin está no lugar 158/180 do ranking mundial; as Filipinas estão poucos lugares acima, em 138/180.
A lista é liderada pela Noruega, com a Suécia (país que atribui os Prémio Nobel) em terceiro. Portugal está em nono lugar, à frente de países como a Alemanha (13.º), Espanha (29.º), França (34.º) e Itália (41.º).
Ressa e Muratov: investigação e independência
Para a Academia Sueca, Maria Ressa e Dmitry Muratov são dois jornalistas «corajosos e notáveis» que se destacam pelos «esforços na salvaguarda da liberdade de expressão», uma condição essencial para «estabelecer uma democracia e uma paz duradoura».
Actualmente, Maria Ressa é presidente de um meio especializado em jornalismo de investigação, o Rappler. Dmitry Muratov é jornalista independente e foi director do Novaya Gazeta entre 1995 e 2017, uma publicação conhecida ser crítica do regime de Putin. Em 2010, Muratov já tinha recebido um prémio de liberdade de expressão, o Four Freedoms Award.