Foi depois de uma viagem de voluntariado a Moçambique que uma estudante de arquitectura teve a ideia: criar uma linha de t-shirts solidária chamada Moz.
A t-shirt é uma das mais simples e democráticas peças de roupa. E foi precisamente aqui que Francisca, uma estudante de arquitectura de 23 anos, decidiu apostar para criar uma nova marca.
Esta ideia surgiu depois de uma temporada em que Francisca fez voluntariado em Moçambique e despertou para a causa humanitária: «Ao longo do tempo em que estive lá, percebi que podemos fazer a diferença com pequenos gestos. Comprar a fruta a um vendedor ambulante, oferecer um rebuçado a uma criança, aproximarmo-nos das pessoas e às vezes apenas esboçar um sorriso».
A marca nasceu com o objectivo de retribuir a Moçambique este carinho: «O que poderia, eu, devolver àquele país pelo tanto que me deu em tão pouco tempo? Enchi as malas de tecido capulana [típico do país] como se fosse ele o símbolo e a continuidade dos laços criados».
Na cabeça de Francisca já estava uma linha de roupa com a integração deste tecido e o conceito ganhou forma rapidamente: seria uma t-shirt unissexo com um bolso feito em capulana. Além disso, cada uma desta peças tem ainda um nome em changana (um dialeto moçambicano).
Ao todo existem oito t-shirts, com quatro cores (preto, branco, cinzento e bordeaux) e bolsos feitos com tecido capulana em diferentes padrões: Hina (Nós), Moya (Ar), Kanela (Falar), Kanimambo (Obrigado), Auxene (Bom dia), Búku (Livro), Ni Khalé (Estou bem) e Nhica (Dar).
E como a vertente solidária sempre esteve no ADN de Francisca, parte dos lucros feitos com a venda das t-shirts Moz (que são feitas em Portugal) será doada à Casa do Gaiato de Moçambique. O preço é igual para todos os modelos: quinze euros (mais três euros de portes de envio).