O sucessor de jogos como Last of Us e Spider-man está encontrado: depois de vários adiamentos, relacionados com problemas de produção, Days Gone vai mesmo chegar à PS4 no final de Abril.
Desde 2015 a ser feito e anunciado na feira E3 de 2016, há muito tempo que, nos bastidores do mundo dos videojogos, se ouve falar de Days Gone, um jogo de mundo aberto, numa realidade pós-apocalíptica, em que o protagonista usa uma mota como veículo.
O jogo já teve várias datas de lançamento e uma das mais recentes tinha sido 22 de Fevereiro, isto já depois de Asad Qizilbash (vice-presidente da Sony Interactive Entertainment America) ter escrito num post no blog da PlayStation que a produtora Bend Studio tinha decidido adiar Days Gone para «polir» o jogo.
Mas agora é certo: Days Gone vai mesmo chegar à PS4 em Abril, com data de lançamento oficial marcada para dia 26. Quase dois meses antes de o jogo chegar, tivemos oportunidade de experimentar aquela que já é a versão final.
E alguns pormenores que vimos fazem-nos pensar que o “polimento” dado pela Bend Studio não foi suficiente. Há detalhes que parecem inacabados, especialmente um que não percebemos como escapou aos programadores.
Quando está em ambientes mais escuros, a nossa personagem (Deacon St. John), pode usar uma lanterna. Este é um recurso normal em videojogos e costuma ser apresentado em três soluções principais: presa à roupa (como acontece no jogo Mad Max), na mão (depois de tirada de um bolso) ou incluída numa arma.
Em Days Gone podemos usar a lanterna mas… este elemento não aparece em lado algum. O foco de luz surge como por magia, uma vez que os programadores se esqueceram, simplesmente, de incluir este elemento na animação da personagem.
Este fail da Bend Studios motivou alguma piadas entre os jornalistas presentes no dia da demonstração do jogo, que decorreu na Tapada da Ajuda, em Lisboa: «Vai ser um DLC de 4,99 euros», ouviu-se, meio a brincar, meio a sério, durante a sessão.
Confrontados pelo TRENDY com esta falha em Days Gone, os responsáveis da Bend Studios foram apanhados de surpresa e, visivelmente constrangidos, confirmaram: «A lanterna está mesmo em falta».
Provavelmente, Days Gone vai mesmo chegar sem lanterna, no dia 26 de Abril, mas não está fora de hipótese haver o chamado ‘day one update’ (actualizações de primeiro dia), em que costumam ser corrigir vários bugs nos videojogos.
Estamos a ser demasiado picuinhas? Num jogo que prima pelos detalhes, como o de ter de encontrar gasolina para a mota ou de reunir garrafa, álcool e panos para fazer cocktials molotov, não pode haver este descuido, até porque este é um elemento essencial em algumas partes do jogo.
Tirando esta falha, fica a ideia de que Days Gone pode ter um sucesso relativo no ecossistema PlayStation, uma vez que decorre num ambiente de mundo aberto (como em Red Dead Redemption 2), tem um sistema de loot para fabricar armas e outros acessórios que vai agradar a muitos gamers e uma boa jogabilidade, ao estilo a que os exclusivos PS4 já nos habituaram.
A história centra-se, como já referimos, em Deacon St. John, num mundo pós-apocalíptico em que vários seres humanos foram infectados com um vírus que os transformou em freakers, uma espécie de monstro muito parecida com as que vimos no filme Eu Sou a Lenda (com Will Smith, 2007). Por isso, esqueça a lentidão normal dos zombies, a que pode estar acostumado em outros jogos, como o mais recente remake de Resident Evil 2.
Na mesma linha do exclusivo Spider-man, também Days Gone surge localizado em português, ou seja, com as vozes dobradas e menus traduzidos. Desta vez, é o actor Filipe Duarte (Equador, Cinzento Negro) a dar voz ao protagonista, a que se juntam outras vozes cujos nomes não foram revelados pela Sony.
Aqui, a nossa sugestão é a mesma que demos em Spider-man: esqueça a versão dobrada em português. Os diálogos traduzidos são maus, o voice acting é pior ainda. Resultado: o jogo transforma-se numa valente xaropada e soa a telenovela.
Este é um ponto que a Sony insiste, e mal, em impingir aos fãs: a versão localizada não pode ser mudada nas definições do jogo, está dependente do idioma em que tivermos a PS4. Por isso, se tiver os menus da consola em português, vai ter de mudar tudo nas definições do sistema, para que Days Gone “obedeça” à língua desejada.
No dia do lançamento, Days Gone vai ter uma Edição de Coleccionador (com várias peças de merchandising, por 149,99 euros) e uma Edição Especial, além da Edição Standard (com desconto de 15%, 59,49 euros) – todas já estão em pré-venda nas lojas físicas.
Se preferir comprar o jogo pela PlayStation Store, tem duas versões à escolha: a Standard (69,99 euros) e a Deluxe (79,99 euros). Esta última traz vários extras, como visuais exclusivos para a mota, uma tema para os menus da PS4, um livro de arte do jogo em formato digital e a banda sonora.
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