Numa edição do Festival da Canção onde a maioria tentou seguir a fórmula ‘Salvador Sobral’, quem acabou por ganhar o bilhete para Lisboa foi a dupla Cláudia Pascoal/Isaura.
Costuma dizer-se que um raio não cai duas vezes no mesmo sítio, não é?
Mas este ditado não foi impedimento para que muitos dos intérpretes e compositores do Festival da Canção 2018 deixassem de tentar repetir a fórmula que deu a vitória a Salvador Sobral, há um ano.
O fantasma de Amar Pelos Dois andou pelo Pavilhão Multiusos de Guimarães e assombrou vários concorrentes, como Janeiro que, com a sua música «despojada de tudo» e sem título, não conseguiu convencer ninguém.
Tal como tinha dito Salvador Sobral em Kiev, a música é sentimento, não é fogo de artifício. Estas palavras tiveram impacto nos compositores e músicos escolhidos para a edição de 2018 do Festival da Canção doméstico.
Sentiu-se uma mudança: sem temas “festivaleiros” (tirando, talvez, Patati-Patata), a linha das músicas andou muito pelo tal sentimento e por ritmos suaves, misturando a alegria (Para Sorrir…, de Emmy Curl) e o “dramatismo” de algumas letras e actuações (Só Por Ela, Peu Madureira).
A vencedora acabou por ser a música mais interessantes da noite: O Jardim, com letra de Isaura e interpretada por Cláudia Pascoal é um tema calmo, sentido, longe do tal «fogo de artifício» de que falou Salvador.
Resta agora saber se o “bichinho” Sobral também “picou” os intérpretes dos outros países e se, em 2018, vamos ter finalmente um Festival da Eurovisão onde «music is feeling».
Como em anos anteriores, o Festival da Eurovisão vai ter duas semi-finais, a 8 e 10 de Maio. A grande final é a 12 de Maio, como todas as actuações a acontecerem em Lisboa, no Pavilhão Atlântico.
Veja o vídeo no canal de YouTube do TRENDY.