É um passo arriscado, mas natural no ritmo da evolução da Wiko em Portugal. A marca passa agora a contar com um terminal topo de gama no seu portfólio.
Até agora conhecida por ter apenas terminais low-cost ou de gama média, a Wiko foi uma marca que entrou a pés juntos no mercado nacional, em 2013. A Wiko rapidamente ganhou tracção, e começou a lançar terminais Android que conquistaram vários fãs.
A razão para isto foi simples: a relação qualidade preço era quase imbatível e os smartphones Wiko tinham designs que se destacavam, na altura. A Wiko chegou, mesmo, a ser a segunda marca de telemóveis preferida dos portugueses, um ano depois de ter chegado ao País.
Contudo, em três anos muita coisa mudou e marcas como a Huawei (e os seus P8, P9 e P10 Lite) rapidamente lançaram vários modelos que acabaram por remeter a Wiko para posições abaixo na tabela de preferências dos clientes.
É neste contexto que surge o novo smartphone da marca, o WIM, que também tem uma versão Lite. Este é primeiro topo de gama da Wiko, o que acaba por lançar a marca num mercado desconhecido.
Tal como nos confidenciou um dos responsáveis da Wiko (que acompanhou jornalistas e bloggers na apresentação do WIM), a aposta é «arriscada» e vai levar a que se tenha de comunicar muito bem» este novo terminal.
No fundo, mesmo em loja, a ideia é que vai ter de haver uma educação e formação do pessoal, para que consigam promover este WIM junto do público interessado em comprar um smartphone topo de gama Android (versão Nougat 7.1).
Com um design que se acaba por confundir muito com o iPhone e, neste momento, com muitos terminais Android de várias marcas, o Wiko WIM vai ter um trabalho hercúleo pela frente para se afirmar em Portugal.
Em termos de características técnicas, o WIM não parece ter problemas em ombrear com os seus rivais na faixa dos 500 euros. Começamos pelas câmaras: o WIM tem duas, na parte de trás (uma moda inciada pelo P9, em 2016).
Contudo, aqui não há a parceria com a Leica, como acontecia no terminal da Huawei, embora o princípio de funcionamento seja o mesmo. Ou seja, há um sensor que fotografa a RGB e outro a B&W (preto e branco). O resultado, teórico, serão fotografias com mais detalhe.
As fotografias tiradas podem ainda tirar partido da ferramenta Artistic Blur, em que com um toque em vários elementos da imagem, os podemos focar em relação ao fundo (ou a outros).
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O Wiko WIM traz ainda um ecrã Full HD AMOLED de 5,5 polegadas, um processador com oito núcleos (octa core) da Qualcomm, 4 GB de memória RAM, bateria de 3200 MAh e 64 GB de armazenamento. O preço fixa-se nos 449 euros.
Como já referimos, a Wiko também anunciou a disponibilidade de uma versão Lite do WIM (mais modesta), onde existe um sensor de impressões digitais na traseira (no WIM de topo, este elemento fica na frente).
O WIM Lite (na foto de topo) tem um ecrã de 5 polegadas, máquina fotográfica de 13 MP, 32 GB de armazenamento, 3 GB de memória RAM e uma bateria de 3000 mAh. Disponível em vermelho, azul, preto e dourado, o WIM Lite tem um preço de 229 euros.
Tanto o WIM como o WIM Lite estão em pré-venda na Fnac, ainda sem dia certo de chegada ao mercado.