5 coisas a esperar da nova temporada de Orange Is The New Black

Comecemos por um trocadilho – é praticamente impossível não se ficar preso a Orange Is The New Black. Com o tempo (e nem é preciso muito) aprendemos a gostar das reclusas mais famosas da Netflix.

No mesmo ano em que nos presenteou com o pouco escrupuloso Frank Underwood em House of Cards, a Netflix trazia para a ribalta a série baseada nas memórias de Piper Kerman, com a assinatura de Jenji Kohan no argumento para televisão. Em linhas gerais, esta série retrata o dia-a-dia das reclusas de Litchfield, uma prisão feminina no estado de Nova Iorque, com Piper Chapman como peça central do puzzle. Condenada a 15 meses de prisão por tráfico de droga – tudo porque namorava com Alex Vause, também ela presa em Litchfield.

Três anos depois da estreia, aclamada pela crítica e já dona de vários Emmy, Orange Is The New Black está consolidada, muito graças ao seu humor mordaz e característico. Em dia de estreia da quarta temporada da comédia dramática, aqui ficam cinco coisas a esperar para aguçar a curiosidade.

Muitos, muitos conflitos

Na última temporada, já sabíamos que ia haver mudanças na prisão – principalmente com a promessa de chegada de novas reclusas, tudo associado a cifrões. Se o dia-a-dia na prisão já era difícil, prepare-se, que as lutas pelo poder vão ficar (ainda) mais intensas. A balança do poder começará a pender mais para um lado, ainda por cima com a emergência de uma personagem mais apagada que vai ganhar sede pelo poder.

Piper continua a ser Piper

Com tudo aquilo que isso implica… Se, ao início era a personagem principal do enredo, depressa as aventuras da reclusa Chapman começaram a passar para segundo plano. Nesta quarta temporada, a luta pela posição de ‘chefe’ continua forte em Litchfield, acompanhada de perto pela tarefa difícil de manutenção de um negócio pouco legal. Se já estava na hora de esta personagem ter assim um lampejo que a torne menos irritante? Sim.

Sophia Burset é poderosa… mas não é a única

A personagem transsexual tem vindo a ganhar destaque desde a primeira temporada. Interpretada na perfeição por Laverne Cox, uma activista pelos direitos dos transexuais na vida real, Sophia vai ter mais nuances nesta temporada. De forma geral, temos-nos habituado a ter uma personagem que vai marcando a acção e depois desaparece – foi assim com Vee segunda temporada e Stella  na última temporada. Na quarta temporada, temos Judy King – assim a interpretação de Martha Stewart na prisão.  Estrela de televisão presa por fraude fiscal, vai obviamente ter tratamento VIP na prisão, mas a piada é que está preparada para o ambiente de reclusa.

Flashbacks sobre as personagens

Esta é uma das coisas que dá mais dinamismo à série: o facto de ficarmos a saber a história e motivações de cada personagem, com todas as alterações que isso tem. Afinal, foi assim que passámos a gostar de Pennsatucky e abrir a boca com Morello, não foi? Esta temporada isso também está presente e, logo no início da temporada, vai mostrar como é que a banda vai tocar nesta série de episódios.

A banda sonora continua no ponto

Mesmo, mesmo a sério. Principalmente nos momentos finais dos episódios, aqueles cinco minutos que nos deixam espantados e em modo binge watching. Depois de terem usado Charles Bradley e a amorosa Valentine, com Jessie Ware e Sampha, a aposta continua forte no ambiente sonoro.

Bem, agora é correr para ver a temporada, que isto promete.

Sonha ter um walk in closet desde pequenina, mas enquanto isso não acontece, contenta-se a coleccionar maquilhagem e anéis. Não consegue resistir a uma boa sobremesa e a um belo livro. Passa a vida a ouvir música e tem uma lista de todos os concertos que já viu.