Descrita como uma plataforma «dedicada à exploração do cruzamento entre arte digital e arte física», a Eterno abre oficialmente ao público esta semana.
Lisboa tem uma nova galeria de arte que vai dar especial atenção a projectos que misturem os suportes materiais com os digitais, como forma de «expandir o alcance da criação artística». Este será o espaço físico da plataforma Eterno (que recebe o mesmo nome), criada pela Cultural Affairs em 2021.
Esta «galeria de arte digital» fica em Marvila (perto da Underdogs) e será um local de «exposições, lançamentos ou experiências que fundem estes dois universos». A estreia é feita com uma exposição de Vhils (Alexandre Farto – fundador da Cultural Affairs), intitulada Threshold.
A obra, distribuída por dois andares, «explora a tensão entre destruição e criação, visibilidade e apagamento». Em cima, ficarão peças «físicas e digitais, incluindo cartazes, edições e arte generativa». Em baixo, a Threshold traduz-se numa «experiência mais imersiva, com projecções de vídeo de grande escala que evidenciam a dimensão phygital [‘physical’ e ‘digital’] da exposição».
Outra das características da Threshold tem que ver com o facto de os visitantes poderem comprar NFT (neste caso, obras de arte digital) ou peças físicas: «Esta abordagem reflecte o compromisso da Eterno em expandir as formas como a arte é criada, vivida e apropriada na era digital», conclui a Cultural Affairs.
A inauguração deste espaço físico da Eterno está marcada para 30 de Maio, com um evento entre as 18 e as 21 horas. A exposição Threshold fica patente até 2 de Agosto.