CM Almada reage à polémica dos restaurantes da Costa da Caparica: «Não enviámos ordens de despejo»

A câmara diz que «partilha da preocupação dos comerciantes» e que se tem reunido com todos os responsáveis para «garantir a continuidade da oferta de restauração».

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Esta semana, vários responsáveis dos apoios de praia da Costa da Caparica denunciaram as ordens de despejo enviadas pela CM Almada, na sequência do término dos contratos. Segundo a edilidade, a história é outra.

Em comunicado enviado hoje às redacções, a Câmara Municipal de Almada nega qualquer responsabilidade no envio de ordens de despejo aos 23 restaurantes/bares localizados entre a Praia de Norte e a Nova Praia. Aqui, estão espaços como O Barbas, Dr. Bernard, Costa In e Marcelino, além de várias escolas de surf.

A polémica começou na Quarta-Feira, quando António Ramos (conhecido como ‘o Barbas’) denunciou ao Público a decisão municipal de terminar os contratos de cedência dos seus restaurantes (e de todos os outros), o que implicaria a saída dos espaços «no espaço de dez dias».

Contudo, a CM Almada, «nega as informações publicadas» que lhe «atribuem este acto». A câmara explica que a responsabilidade pela gestão dos 23 apoios de praia não é sua: «Desde 2022 que temos, insistentemente, alertado a CostaPolis, entidade ainda com competência para celebração dos contratos, para o término dos mesmos e para a necessidade de lançar um novo procedimento concursal, porém sem sucesso».

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©Google | O Barbas, que tem dois restaurantes na linha de praia, foi o restaurante que denunciou as supostas ordens de despejo da CM Almada.

Mais: a CM Almada diz que «partilha da preocupação dos comerciantes» e que se tem reunido com todos os responsáveis para «garantir a continuidade da oferta de restauração e demais serviços necessários à fruição e qualidade das praias».

Para já, não há uma decisão da CostaPolis sobre este assunto; do lado da CM Almada, apenas houve uma proposta, para que «avançasse com a prorrogação dos actuais contratos dos 23 apoios de praia por período equivalente ao necessário à realização dos concursos de concessão».

A edilidade garante que se mostrou disponível para «assumir essa competência», mas que para isso, seria necessária uma deliberação da Assembleia de Acionistas da CostaPolis a mandatar o Município para o efeito, algo que não aconteceu».

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].