Dezenas de páginas com as transcrições de depoimentos ligados ao caso Jeffrey Epstein foram tornadas públicas, pelo tribunal que julgou o caso.
Bill Clinton, Michael Jackson, David Copperfield e príncipe André estão entre os nomes que constam da famosa ‘lista de Epstein’. O milionário norte-americano foi condenado, em 2019, por tráfico sexual – facilitava o encontro entre menores e altas figuras da sociedade norte-americana.
A sua namorada, Ghislaine Maxwell, também acabou por ter o mesmo destino: foi sua cúmplice e está a cumprir uma pena de vinte anos. Os documentos que agora vieram a público são o resultado do processo que a opôs Virginia Giuffre, advogada e antiga vítima do círculo de tráfico sexual operado pelo pedófilo Jeffrey Epstein (a Netflix tem um documentário sobre este tema – foto de destaque).
Nos documentos, que reflectem inquéritos judiciais a Maxwell e Giuffre (entre outras testemunhas), fica-se a saber, por exemplo, que o antigo presidente dos EUA, Bill Clinton, «gostava delas novas, referindo-se a raparigas».
O príncipe André (Reino Unido) já tinha sido acusado por Virginia Giuffre, em 2017, de violência sexual, o que o levou a perder o título de ‘his royal majesty’; nos documentos, é visado por outra alegada vítima de Epstein. Em 2001, durante uma visita à casa do pedófilo, em Noiva Iorque, apalpou os seios de Johanna Sjoberg.
Michael Jackson, que enfrentou um processo por pedofilia em 2005, é descrito como um dos visitantes da mansão de Epstein em Palm Beach (Califórnia); o ilusionista David Copperfield também é visado nestes documentos, como «amigo» e presença assídua na casa de Epstein.
Segundo uma testemunha (cujo nome não é revelado), Copperfield terá perguntado-lhe se «estava consciente de que as raparigas [que estavam na casa de Epstein] eram pagar para recrutar outras raparigas».
Entre outros nomes que aparecem nos documentos (que podem não estar relacionados, necessariamente, com crimes) estão Stephen Hawking (que terá participado numa orgia com menores de idade), Tom Pritzker (chairman dos hotéis Hyatt), Frederick Fekkai (cabeleireiro francês) e Alan Dershowitz (antigo professor de Direito da universidade de Harvard).
Os documentos podem ser vistos no site Court Listener e foram disponibilizados pelos advogados que tratam do processo que opôs Ghislaine Maxwell a Virginia Giuffre.