A Bolt, que além de uma app de TVDE tem uma para entregas de refeições e de compras de supermercado, deu início a um projecto que usa pequenos robots para substituir estafetas.
Depois de, já este ano, a Uber Eats ter anunciado o início das entregas autónomas nos EUA (limitadas a algumas zonas de Hollywood) com os robots de uma spin-off sua, a Serve Robotics, é uma das suas rivais a seguir o mesmo caminho.
A Bolt Food anunciou um projecto semelhante, em parceria com a Starship Technologies, uma empresa de entregas de comida norte-americana que tem uma operação na Estónia (de onde a Bolt é originária) – aliás, esta modalidade de entregas está, para já, disponível apenas na capital deste país: Tallin.
Contudo, o objectivo da Bolt passa por alargar as entregas autónomas a «vários países, a partir deste ano», embora este não seja o padrão de delivery da app: a empresa lembra que a utilização de robots está dependente do «tamanho [pequeno] e da distância [curta] da encomenda. Ainda assim, será uma alternativa que vai substituir, a curto prazo, as entregas feitas por estafetas em motas ou bicicletas, por exemplo.
Os robots usados pela Bolt são eléctricos e têm seis rodas; o tamanho é semelhante a uma geladeira de praia. Com velocidade máxima de 4 milhas por hora (cerca de seis km/h, o mesmo que andar a pé a um ritmo acelerado), estes equipamentos têm «vários sensores e doze câmaras». Uma carga completa dá, ainda, para um «dia inteiro de entregas», diz a Starship Technologies.
Com GPS embutido, a “tampa” que dá acesso ao compartimento onde vai a encomenda está sempre fechada durante a viagem e apenas o cliente a pode abrir, com recurso à respectiva app de delivery; como acontece com os estafetas, também é possível seguir em tempo real o robot. A capacidade máxima, segundo a Starship, é de «três sacos com compras de supermercado». Os detalhes completos sobre estes robots estão aqui.
Segundo Jevgeni Kabanov, presidente da Bolt, as duas empresas querem «expandir a colaboração para tornar as entregas mais baratas e mais acessíveis a um número ainda maior de clientes». Já Alastair Westgarth, CEO da Starship Technologies diz que estes robots vão fazer com que algumas entregas se tornem «divertidas», além de «totalmente eléctricas e preparadas para o futuro dos mercados que a Bolt serve».
Apesar de só agora ter esta parceria com a Bolt, os robots da Starship Technologies já são usados para fazer entregas em «mais de cinquenta áreas de serviço em todo o mundo», com destaque para os campus de quase trinta universidades nos EUA. Para já, não há data prevista para que esta modalidade chegue a Portugal – e mesmo que chegue, será sempre em modo muito limitado, circunscrito a uma pequena área de teste.