A edição que acaba por assinalar os vinte anos do Kino vai dividir-se entre o São Jorge e a Cinemateca. Em 2023 serão dez filmes a concurso.
Entre 2 e 18 de Fevereiro, o Kino vai mostrar mais duas mãos cheias de filmes de expressão alemã; a abertura será feita com Quando a Primavera Chegou a Bucha, um filme ucraniano, de Mila Teshaieva e Marcus Lenz, que conta a história desta cidade e dos seus habitantes, depois da invasão russa.
O filme mostra «como vivem as pessoas depois de sofrerem tamanhos traumas, enquanto a guerra continua e acompanha, com particular sensibilidade, o modo como vários protagonistas vão recolhendo os fragmentos das suas vidas desfeitas», explica a organização do Kino, a cargo, como sempre, do Goethe-Institut.
Depois, a programação acaba por seguir o tom e a mensagem deste filme, com produções que «têm em comum a ideia de começar de novo»; o Goethe-Institut destaca ainda a presença de uma «maioria de filmes realizados por mulheres» e de um conjunto de «primeiras obras de jovens cineastas».
No São Jorge, a sessão de encerramento será com o filme Lola Rennt (de Tom Tykwer, com Franka Potente e Moritz Bleibtreu) a que se junta a festa dos vinte anos do Kino.
Na Cinemateca Portuguesa, o foco em documentários que «olham para diferentes movimentos do e no cinema na Alemanha» de nomes como os irmãos Skladanowsky, Wim Wenders, Tom Tykwer, Christian Petzold, Caroline Link e Dominik Graf.
Além de Lisboa, o Kino segue em tour para outras salas do País: pela primeira vez a Sul, na Biblioteca Municipal de Lagos (9 a 11 de Fevereiro); no Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra, 14 e 15 de Fevereiro); e Casa das Artes (Porto, 2 a 23 de Março).
Todos os pormenores sobre a 20.ª edição do Festival de Cinema de Expressão Alemão podem ser vistos aqui.