Com o objectivo dar um «vislumbre daquilo que pode ser o futuro de uma experiência de condução», o novo protótipo da BMW pode mudar de cor em tempo real, com 32 tons disponíveis.
Eléctrico, como não podia deixar de ser, com faróis digitais, um pára-brisas que parece um ecrã, onde podemos “projectar” informação e com um aspecto de berlina. Estes são os traços gerais do BMW i Vision Dee, um automóvel, ainda em fase protótipo, que a marca alemã mostrou esta semana da feira de tecnologia CES, em Las Vegas.
O BMW i Vision Dee é, segundo a marca, um «vislumbre daquilo que pode ser o futuro de uma experiência de condução cada vez mais enriquecida pela componente digital – e com um potencial de personalização ímpar». Ou seja, não será de produção, mas sim um modelo que reúne várias tecnologias que vamos poder ver, depois, nos futuros automóveis da BMW.
Esta personalização começa logo no exterior, com o automóvel a poder mudar de cor, praticamente todos os dias de um mês. Ao todo, serão 32 os disponíveis, fruto da tecnologia E-Ink, que a marca já tinha aplicado a outro automóvel, em 2022.
A bordo, há muitas tecnologias para explorar: a principal é a que dá corpo ao sistema multimédia, a Dee (Digital Emotional Experience) – temos uma «assistente de voz e possibilidades de assistência à condução», ambas com um conceito mais «evoluído», em relação ao padrão actual.
Outra, é a que se vai tornar no futuro da BMW Head-Up-Display, onde será possível projectar vários tipos de informação na totalidade da «superfície do vidro pára-brisas». A marca alemã diz mesmo que esta funcionalidade vai começar a ser aplicada a todos os seus automóveis, a partir de 2025, ano a partir do qual arranca a nova família de modelos Neue Klasse (nova classe).
Finalmente, há mais uma tecnologia que está disponível no habitáculo do BMW i Vision Dee, a Mixed Reality Slider. «Através de sensores no painel de instrumentos, os condutores terão toda a autonomia para decidir o conteúdo digital que lhes é exibido», como «informações adicionais sobre a condução, outros conteúdos do sistema de comunicação e projecções de realidade aumentada».
Já no exterior, e além das mudanças de cor, o automóvel pode ser personalizado com «elementos gráficos, de luz e efeitos sonoros», sempre que nos aproximamos para o conduzir (uma espécie de «boas-vindas» ao utilizador) e é o reflexo da «reinterpretação das linhas de design tradicionais» da BMW, ao conjugar «elementos físicos e digitais», num conceito «phygital».
Oliver Zipse, CEO do BMW Group, garante que este automóvel reúne várias características e tecnologias que o tornam o «futuro das fabricantes automóveis», uma «fusão entre a experiência virtual e o genuíno prazer da condução».