Discovery Channel cria site com 11 quilómetros de profundidade – quem chegar primeiro ao fundo, ganha uma viagem aos Açores

©Marek Okon

Para comemorar o Dia dos Oceanos (8 de Junho), o Discovery Channel criou aquele que diz ser o site «mais profundo do mundo». Para chegar ao “fundo”, é preciso fazer quase onze quilómetros de scroll.

A “profundidade” exacta deste site é de 10,994 quilómetros, uma espécie de homenagem ao ponto mais profundo dos oceanos: a Fossa das Marianas, no Pacífico, entre as ilhas de Guam e Palau.

Este local foi explorado pela primeira vez em 1960, quando Don Walsh e Jacques Piccard desceram até aos 10 916 metros a bordo do batiscafo Trieste, um submarino modificado e reforçado para aguentar a pressão.

©Wikimedia Commons
©Wikimedia Commons | O batiscafo Trieste (que recebeu o nome da cidade italiana onde foi construído) chegou ao fundo da Fossa da Marianas em 1960.

Neste site, à medida que fazemos scroll, as condições de luz e vida (com as respectivas espécies marítimas) mudam para “imitar” o ambiente que se vive neste zona do Oceano Pacífico; além disso, e como forma de alertar para o problema da poluição, o Discovery diz que também vamos poder ver o «lixo que por lá se encontra, quer seja à tona da água, ou no local mais profundo».

Este site tem um desafio associado: quem responder a várias questões sobre a temática dos Oceanos, e chegar primeiro ao fundo, ganha uma viagem aos Açores com um mergulho incluído. Esta “competição” está aberta até 8 de Junho e, para entrar, é preciso fazer um registo com os nossos dados pessoais.

©DR / Discovery Channel
©DR / Discovery Channel | O site tem um cronómetro para percebermos a velocidade a que estamos a fazer o “mergulho”.

Para perceber a velocidade com que faz scroll, pode experimentar o site The 100 Meter Scroll, onde ode fazer um teste e perceber a velocidade máxima que atinge, em metros por segundo. O máximo que conseguimos foi 3 m/s, o que significa que, para percorrer os 10,994 metros do site do Discovery, de forma contínua (que não vai acontecer, porque há perguntas pelo meio) e sem paragens, precisaríamos de mais de uma hora.


Artigo originalmente publicado na PCGuia.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].