O novo Estado de Emergência dura até meio de Março, uma altura em que os «critérios para o desconfinamento» são atingidos, segundo as novas projeções do dashboard COVID-19 Insights.
Da última vez que Cotec Portugal e Nova Information Management School (Nova IMS) fizeram uma previsão sobre a evolução dos casos de COVID-19, falharam.
A meio de Janeiro, a ideia era de que no final esse mês os casos diários seriam menos de nove mil, o que não veio a acontecer: por exemplo, nos dias 29, 30 e 31 houve 13 200, 12 435 e 9498 casos, respectivamente. Só no início de Fevereiro é que se começou a verificar esta previsão, altura em que os casos começaram mesmo a descer, até hoje: de 5805 para os actuais 1160 casos (números de ontem).
Agora, a Nova IMS e a Cotec avançam com mais uma projecção, desta vez com uma realidade: a 14 de Março os casos diários de COVID-19 aproximar-se-ão dos 140, com os internados a rondar os 1400 (2613, no final desta semana), destes 240 em UCI (536, actualmente).
Desconfinamento deve ser gradual, para a Nova IMS
Se isto se vier a confirmar, a Nova IMS e a Cotec lembram que estão reunidos os principais critérios de segurança para começar o desconfinamento: «Incidência abaixo dos 366 casos diários, hospitalizações abaixo de 1500 e internamentos em UCI abaixo dos 242 casos».
Pedro Simões Coelho, presidente do conselho científico da NOVA IMS e coordenador do projecto COVID-19 Insights lembra, contudo, que o desconfinamento deverá ser, «idealmente, progressivo» e que deve começar pelas «actividades de menor risco».
O responsável diz ainda que o «ensino pré-escolar ou até o primeiro ciclo» poderá abrir na segunda semana de Março, com os ciclos seguintes a reabrir com um distanciamento de quinze dias – este é também o modelo que Pedro Simões Coelho considera poder ser aplicado à «reabertura progressiva das actividades económicas».